Assim como aconteceu no encontro dos quartos de final que foi adiado
devido ao mau tempo, o CFE entrou em campo decidido a vencer o jogo e
marcou cedo novamente, desta vez por intermédio do defesa direito Vasco,
que aproveitou um ressalto para fazer o 1-0. A primeira contrariedade
para o mister Mourão não tardou em chegar, com a lesão de Deco,
substituído por Carlitos que ocupou o lado esquerdo da defesa. O
Perolivas tardou em responder, mérito também da pressão exercida por
parte dos da casa que perto da meia hora de jogo chegou ao 2-0 marcado
por Fábio Tracanas. Parecia que o vencedor do encontro estava
praticamente encontrado, mas estávamos num jogo de Taça, que quem
perdesse era eliminado e os jogadores do Perolivense sabiam disso e não
deitaram a toalha ao chão, vindo a ser recompensados bem perto do final
dos primeiros 45 minutos, fazendo o 2-1 na conversão de uma grande
penalidade a castigar falta dentro da área de Arquista. O intervalo
chegou com o marcados a registar o 2-1 e a deixar tudo em aberto para a
2ª parte.
Na segunda metade o Perolivas entrou melhor no encontro e
surpreendentemente os da casa começam a quebrar fisicamente, dando
demasiados espaços no meio campo e a deixar os jogadores visitantes
pensar o jogo, não sendo de estranhar o golo do empate que chegou bem
cedo. Agora começava tudo da estaca zero com a agravante do factor
psicológico, de um lado já ter estado a vencer por uma margem
confortável e do outro ter feito uma recuperação que parecia impossível.
O encontro caminhava para o final do tempo regulamentar e
adivinhavam-se mais 30 minutos de prolongamento. A 5 minutos do final
surge o momento do encontro, quando o árbitro do encontro inventa um
livre indireto junto à linha de fundo da baliza do CFE, o livre é
marcado e aparece um jogador do Perolivas completamente livre de
marcação dentro da pequena área a cabecear, João Ferreira "quase" por
instinto defende a bola com a luva esquerda, que vais ao poste e em cima
da linha de golo ainda consegue salvar o golo com o calcanhar. Caso
tivesse entrado esta bola, seria sem dúvida o passaporte do Perolivas
para a meia-final, mas não quis o destino que isso acontecesse e este
lance pareceu ter despertado os encarnados, que embalaram para um
prolongamento que só deu Estremoz e bem perto do minuto 120, Fábinho
marca um livre indireto pouco depois do meio campo descaído para o lado
direito, a bola sobrevoa toda a área e aparece ao 2º poste Moina que de
primeira remata, o G.R. visitante defende para a sua frente e na recarga
Moina, novamente, faz o 3-2 final.
Foi sem dúvida um jogo impróprio para cardíacos, que estiveram frente a
frente duas excelentes equipas que mereciam ir mais além, mas a Taça é
isto mesmo e só uma pode seguir em frente.
Está assim encontrado a 4ª equipa que irá disputar as meias finais a
juntar-se a Oriola, Sporting de Viana e São Romão. O jogo será contra a
equipa do São Romão que disputa o campeonato da 1ª Divisão e que até não
se encontra muito bem classificado, mas isso não quer dizer nada e fica
aqui uma chamada de atenção à equipa do CFE, pois essa mesmas equipa
deixou pelo caminho no encontro dos quartos de final o Calipolense, por
isso todos os cuidados são poucos.
Estamos a um encontro de repetir o feito da época passada, com a
presença na final da taça, mas para isso acontecer ainda falta mais uma
"final", por isso encarem esse encontro como tal...BOA SORTE CFE.
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