José Saúde
Foi no longínquo ano de 1888 que Guilherme
Pinto Basto e os seus irmãos Eduardo e Frederico, alunos internos de um
colégio em Inglaterra, trouxeram para Portugal a primeira bola de
futebol. Uma novidade, pasme-se. Os estudantes, de grosso modo, acataram
a genial ideia do chuto na bola e começaram a desfrutar nos seus
estabelecimentos de ensino o prazer do jogo. Da terra de sua majestade
evocavam-se ecos ao proclamado desporto-rei. A ideia, inédita,
espalhou-se rapidamente na pátria de Camões. Num efémero conhecimento de
um raciocínio lógico ao teor da história, eis que nas férias natalícias
de 1906, num regresso de estudantes bejenses que estudavam em Lisboa,
nomeadamente na Escola Académica e no Colégio Militar, Beja foi
contemplada com o apelidado “vício do jogo da bola”. Narram os anais da
biografia futebolística regional que Frederico Mário Durão de Sá
Ferreira, foi um dos principais introdutores do futebol na velha Pax
Julia. O fenómeno popularizou-se de tal forma que em Beja surgiram
várias iniciativas para a organização de alguns grupos. A primeira de
que há memória remete--nos para o ano de 1912 com a equipa do Grupo
Sportivo Bejense. O Grupo manifestava sinais de organização e a sua
formação de base assentava numa plebe de atrevidos rapazes que
desbravavam então a ciência do jogo. Numa conjugação temporal, atrevo-me
a citar que a fusão conhecida no ano de 1947 em Beja, entre o Luso
Sporting Clube, o União Sporting Clube e o Pax Julia Atlético Clube, uma
agremiação juvenil que primava pela formação de atletas, levou à
fundação do Clube Desportivo de Beja que herdou como data de origem
(16/06/1916) a do clube mais antigo, o Luso. Importa concluir que desta
pontual dissertação de que faço história, o nome adotado pelo Desportivo
terá tido como fonte de inspiração o desaparecido Grupo Sportivo
Bejense, afiançavam os mais velho
Fonte: http://da.ambaal.pt
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