sexta-feira, 4 de abril de 2014
Queremos repetir o triunfo na Taça”
Uma equipa motivada pelos bons resultados, atravessando um bom momento competitivo e focalizada em chegar ao final da época com elevados níveis emocionais e de rendimento.
Texto e foto Firmino Paixão
O olhar do técnico do Piense sobre a sua equipa não pode ser mais objetivo. João Daniel, 27 anos, com formação desportiva feita no Moura Atlético Clube, chegou em janeiro à equipa e estancou a desmotivação do plantel. Licenciado em Desporto, com mestrado na área do Treino Desportivo, decidiu que podia crescer mais fora do campo do que dentro das quatro linhas e, antes de chegar a Pias, foi adjunto de Acácio Santos no Vasco da Gama e treinou os juniores do Moura durante três épocas.
É notório que o Piense atravessa um bom momento…Em termos de resultados desportivos estamos numa boa fase. Temos vindo a consolidar esse bom momento, no último domingo conseguimos a sétima vitória em oito jogos, e isso mostra bem aquilo que tem sido a nossa evolução ao longo dos últimos tempos, por isso, estamos satisfeitos.
Chegou à equipa na 13.ª jornada e pontuou a Odemira, um bom prenúncio para esta evolução…O primeiro jogo à frente de uma equipa é sempre determinante. Era um plantel que, em termos anímicos e da sua própria prestação, não vinha de um grande momento, seria fácil instalar-se o descrédito e a desmotivação, mas não foi isso que aconteceu.
Conseguiu recuperar esses índices?Felizmente foi possível darmos a volta à situação. Temos vindo numa senda de bons resultados, de boas conquistas, com algumas vitórias muito importantes. E estamos na final da taça. Tem sido um bom percurso, não só meu, os jogadores são os principais responsáveis. A determinação e a vontade que têm demostrado tem feito com que atravessemos esta fase muito positiva que queremos prolongar até ao final da época, para chegarmos o mais bem preparados possível ao jogo mais importante que vamos ter, que será a final da taça.
O Piense competiu na Taça de Portugal e até entrou bem, mas depressa ficou com o espírito anímico em baixo…Numa equipa que, semana após semana, perde e empata, com muitos desses resultados a acontecerem nos últimos minutos, é normal que se instale uma certa falta de confiança nos jogadores. Tudo isso desaparece quando as vitórias chegam. Confesso que encontrei a equipa um pouco desmotivada, era normal, mas não há aqui nenhuma crítica aos jogadores, tão pouco à equipa técnica anterior, quando as coisas correm mal é mais difícil motivar os jogadores, quando ganhamos parece que tudo nos corre bem.
O lugar da equipa não reflete exatamente o valor do plantel?Pouco a pouco vai refletindo. Queremos subir mais alguns lugares na classificação. Este ciclo de vitórias dá-nos algum ânimo para o resto do campeonato, ainda temos alguns pontos para conquistar. Estamos no oitavo lugar e muito perto do sétimo. Estávamos muito distantes, temos vindo a subir, conseguimos fazer 16 pontos desde que cheguei a Pias, mas queremos cimentar esta equipa num lugar mais condicente com o seu real valor.
O próximo adversário é o castrense. Não esperam facilidades?Encaramos todos os adversários de olhos nos olhos. O adversário tem que mostrar dentro do campo que é mais forte e quer ganhar mais do que nós. Conhecemos as dificuldades que nos esperam, ganhámos em castro Verde, para a taça, mas fizemos um grande jogo em termos de atitude e de entrega. De outra forma é impossível, porque o castrense tem excelentes jogadores e muitas opções. Mas a nossa equipa está confiante e tem-se oposto bem a outras equipas do cimo da tabela.
Jogarão ainda com o Odemirense e o Aljustrelense e, pelo meio, terão outros jogos onde podem pontuar?Todos os jogos são para pontuar. Esta equipa tinha alguns empates, às vezes as vitórias fugiam-‑lhe nos últimos minutos. Reduzimos essa percentagem, aumentámos o número de vitórias e temos vindo por aí acima. Ainda temos algumas deslocações difíceis, mas queremos chegar ao final da época em crescendo em termos táticos e emocionais. Se acreditarmos que podemos derrotar qualquer adversário, seja em casa ou fora, será meio caminho andado para termos sucesso contra as equipas que estão melhor apetrechadas e que lutam por uma classificação que o Piense, nesta época, acabou por não lutar.
O Piense é o atual detentor da Taça Distrito de Beja e estará na final determinado a renovar essa conquista?O objetivo era chegar à final, se não conseguíssemos não a poderíamos discutir. Foi um trajeto difícil, que começou no Bairro da Conceição, passou por castro Verde e, finalmente, Vidigueira. Derrotámos duas equipas nada fáceis, que estão na frente do campeonato. Obviamente que quando se chega a uma final o objetivo é ganhar, sem deixarmos de pensar que do outro lado está uma equipa que quer exatamente o mesmo.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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