O auge das rádios
locais foi o impulso que fez nascer em Castro Verde o semanário
desportivo “Topo Sul”, cuja primeira edição saiu há 20 anos, a 1 de
Junho de 1994.
O seu surgimento esteve muito ligado ao período dourado de crescimento da Somincor, a empresa das minas de Neves-Corvo, e à tradução que esse processo teve no plano social e económico nos concelhos do chamado Campo Branco. Especialmente em Castro Verde!
Com direcção de António José Brito, o “Topo Sul” tinha uma equipa cujo núcleo fundador juntava Fernando Cotovio, Francisco Caipirra e Joaquim Rosa.
Os quatro, “entre sonhos e algumas ilusões”, meteram ombros ao desafio de lançar um jornal e arriscar num negócio.
“Não sabíamos muito bem o que podia dar, mas quando se é muito jovem nunca nos falta coragem e ousadia”, assume António José Brito, que lembra os “dias mágicos e irrepetíveis naquelas noites de fecho de edição” – “A redacção também era um lugar de tertúlia onde se juntava muita gente e se falava com grande liberdade”, recorda.
Na primeira capa, o Desportivo de Beja e a Volta ao Alentejo em bicicleta estiveram em destaque. E o risco do treinador do Castrense (Toy Marques) “trocar” o clube pelo Imortal de Albufeira também!
No fundo, a “alma” do jornal estava muito em Castro Verde e aqueles dias de chegada do FC Castrense ao campeonato nacional da 3ª divisão estiveram muito na base da sua fundação.
“Foram momentos extraordinários e só possíveis para quem tem pouco mais de 20 anos. Nós queríamos escrever, fazer jornalismo e mostrar que éramos capazes. E acho que rompemos com muita coisa e inovámos bastante”, lembra António José Brito, então a dar os passos iniciais na profissão e que dirigiu o jornal do início ao fim.
Muito assente na equipa de reportagem desportiva da Rádio Castrense, o “Topo Sul” juntou colaboradores como o saudoso José António Castilho e nomes que continuam hoje no jornalismo desportivo como Hélder Conduto, Teixeira Correia, Francisco Manta, Rui Rosa e Filipe Nogueira, entre muitos outros.
“Foi gente muito generosa que trabalhou em troca de nada, a não ser pelo imenso prazer de fazer um jornal e mostrar que era possível fazer diferente na nossa região”, recorda António José Brito.
O “Topo Sul” durou entre Junho de 1994 e Novembro de 1999: quatro anos e meio em que foram somadas muitas horas e muitas reportagens. Mas não só!
“Houve alegrias, experiências irrepetíveis e também mágoas”, destaca António José Brito, lembrando ainda a “saudável concorrência” com “O ÁS” – o outro semanário desportivo, mais antigo, que era editado em Beja e dirigido por Delmiro Palma.
O veterano jornalista bejense recorda que, com a concorrência do “Topo Sul”, o seu jornal viu a vida “um pouco complicada”, também porque o novo jornal começou a vender a publicidade “por valores muito baixos, para ocupar o espaço”.
As fracas receitas foram, aliás, um ponto decisivo que impediu a maior longevidade do “Topo Sul”. António José Brito assume que, no plano da administração, “o jornal incorreu em erros sucessivos e ingénuos, teve mau planeamento, desconhecimento do sector e ilusões sobre a realidade do mercado publicitário”.
“Mas o pior, nessa altura como agora, era o fraco mercado publicitário”, assinala, lembrando logo a seguir que o jornal acabou, “com dívidas, desgostos e dores na carteira de alguns” – “Mas de cara levantada”, lembra António José Brito.
O seu surgimento esteve muito ligado ao período dourado de crescimento da Somincor, a empresa das minas de Neves-Corvo, e à tradução que esse processo teve no plano social e económico nos concelhos do chamado Campo Branco. Especialmente em Castro Verde!
Com direcção de António José Brito, o “Topo Sul” tinha uma equipa cujo núcleo fundador juntava Fernando Cotovio, Francisco Caipirra e Joaquim Rosa.
Os quatro, “entre sonhos e algumas ilusões”, meteram ombros ao desafio de lançar um jornal e arriscar num negócio.
“Não sabíamos muito bem o que podia dar, mas quando se é muito jovem nunca nos falta coragem e ousadia”, assume António José Brito, que lembra os “dias mágicos e irrepetíveis naquelas noites de fecho de edição” – “A redacção também era um lugar de tertúlia onde se juntava muita gente e se falava com grande liberdade”, recorda.
Na primeira capa, o Desportivo de Beja e a Volta ao Alentejo em bicicleta estiveram em destaque. E o risco do treinador do Castrense (Toy Marques) “trocar” o clube pelo Imortal de Albufeira também!
No fundo, a “alma” do jornal estava muito em Castro Verde e aqueles dias de chegada do FC Castrense ao campeonato nacional da 3ª divisão estiveram muito na base da sua fundação.
“Foram momentos extraordinários e só possíveis para quem tem pouco mais de 20 anos. Nós queríamos escrever, fazer jornalismo e mostrar que éramos capazes. E acho que rompemos com muita coisa e inovámos bastante”, lembra António José Brito, então a dar os passos iniciais na profissão e que dirigiu o jornal do início ao fim.
Muito assente na equipa de reportagem desportiva da Rádio Castrense, o “Topo Sul” juntou colaboradores como o saudoso José António Castilho e nomes que continuam hoje no jornalismo desportivo como Hélder Conduto, Teixeira Correia, Francisco Manta, Rui Rosa e Filipe Nogueira, entre muitos outros.
“Foi gente muito generosa que trabalhou em troca de nada, a não ser pelo imenso prazer de fazer um jornal e mostrar que era possível fazer diferente na nossa região”, recorda António José Brito.
O “Topo Sul” durou entre Junho de 1994 e Novembro de 1999: quatro anos e meio em que foram somadas muitas horas e muitas reportagens. Mas não só!
“Houve alegrias, experiências irrepetíveis e também mágoas”, destaca António José Brito, lembrando ainda a “saudável concorrência” com “O ÁS” – o outro semanário desportivo, mais antigo, que era editado em Beja e dirigido por Delmiro Palma.
O veterano jornalista bejense recorda que, com a concorrência do “Topo Sul”, o seu jornal viu a vida “um pouco complicada”, também porque o novo jornal começou a vender a publicidade “por valores muito baixos, para ocupar o espaço”.
As fracas receitas foram, aliás, um ponto decisivo que impediu a maior longevidade do “Topo Sul”. António José Brito assume que, no plano da administração, “o jornal incorreu em erros sucessivos e ingénuos, teve mau planeamento, desconhecimento do sector e ilusões sobre a realidade do mercado publicitário”.
“Mas o pior, nessa altura como agora, era o fraco mercado publicitário”, assinala, lembrando logo a seguir que o jornal acabou, “com dívidas, desgostos e dores na carteira de alguns” – “Mas de cara levantada”, lembra António José Brito.
Fonte: http://www.correioalentejo.com
Sem comentários:
Enviar um comentário