sexta-feira, 25 de julho de 2014

Semear e colher algo melhor...


Os Campeonatos Nacionais de Patinagem Artística Livre, nos escalões de juvenis e seniores, levaram ao Pavilhão Municipal de Cuba 80 patinadores de 43 clubes do continente e ilhas.

Texto e fotos Firmino Paixão


Uma boa organização do Clube de Patinagem Artística de Cuba (CPAC) em parceira com o município local, Associação de Patinagem do Alentejo e Federação de Patinagem de Portugal, numa jornada de dois dias que proporcionou momentos de grande qualidade artística e competitiva. Uma boa razão, entre outras, para a vice-presidente e alma mater do clube, Ana Maria Bicho, afirmar: “Foi um excelente fim de semana, há 12 anos que recebemos aqui campeonatos, mas este superou tudo”, disse, justificando: “Excelentes patinadores, grandes provas, estou um pouco triste porque a nossa atleta ficou no 5.º lugar, podia ter corrido um bocadinho melhor, mas acusou a pressão de competir em casa, mas um quinto lugar a nível nacional é muito bom, sobretudo para um clube pequeno como o nosso, que trabalha todos os dias só com a prata da casa”.
A dirigente cubense disse ainda: “A organização foi montada num curto espaço de tempo, porque temos andado em campeonatos nacionais há sete semanas, mas organizámos tudo como deve ser. As pessoas estão contentes, o nosso pavilhão é do agrado de toda a gente. Praticantes, técnicos e dirigentes, de norte a sul e ilhas, gostam do piso do pavilhão, gostam de vir a Cuba e gostam da maneira como os recebemos, por isso estamos muito felizes”.
Mas a qualidade das infraestruturas, por si só, é insuficiente para o sucesso das organizações e, por isso, Ana Bicho sublinhou: “É necessária muita boa vontade das pessoas que estão connosco e a quem deixamos uma palavra de agradecimento, sem nomearmos nomes, porque a lista seria infindável, mas estamos reconhecidos a todas as pessoas que nos apoiaram, sem esse apoio de todos os amigos não conseguiríamos fazer nada disto”. Nesta linha cabem também os agradecimentos endereçados ao município de Cuba, à Associação de Patinagem do Alentejo e à Federação de Patinagem de Portugal.
Numa terra com tradição no hóquei em patins, floresce um clube que se dedica à patinagem artística, explicou a empenhada dirigente: “Já lá vão 12 anos de trabalho muito intenso, muitas horas consumidas diariamente neste pavilhão, com o apoio do município que nos permite a sua utilização, e com a ajuda do funcionário que aqui trabalha, que é incansável, aos poucos temos ido semeando para podermos colher algo melhor, em conjunto com o treinador, o Edgar Cheira, ele é o melhor dos treinadores que conheço, é muito bom técnica e artisticamente”.
O clube tem cerca de 30 atletas, número próximo do limite idealizado, como revelou a dirigente, e não tem ainda estrutura para colher outras disciplinas da patinagem, contudo, tem projetado atletas para a alta-roda da patinagem nacional e aqui cabe a declaração de interesses da dirigente Ana Maria Bicho, mãe da melhor atleta do clube: “A Catarina Bicho é a nossa melhor atleta, hoje esteve um pouco abaixo do que é normal, mas as outras patinadoras também eram boas, o escalão de juvenis é o mais competitivo, mas ser a quinta melhor atleta a nível nacional é muito honroso. Temos também Claudiu Rus, um menino romeno que mora em Cuba e que se esforça muito. Conseguiu recentemente uma boa classificação no Porto, estamos muito contentes com ele”.
No balanço destas jornadas de patinagem fica, naturalmente, o sublinhado para a hospitalidade, elogiada por todos os intervenientes, e a revelação de um sonho: “Adorávamos organizar aqui uma prova internacional, sabemos que isso seria um esfoço muito elevado, as autarquias já teriam que investir muito, porque o clube, sozinho, não teria condições”. Ainda assim, Ana Maria Bicho confessou: “Sonhamos com a organização de um europeu, não perdemos essa esperança, continuamos a sonhar sabendo que exige outra logística e muitos apoios, um campeonato nacional já é uma grande responsabilidade, mas uma prova internacional tem exigências muito maiores. Está nos nossos planos”, concluiu.

Fonte:  http://da.ambaal.pt/

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