sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Quero deixar a minha marca
Uma marca que potencie a ambição do plantel em assegurar rapidamente a manutenção na primeira divisão distrital e permita uma segunda meta que é a aproximação aos primeiros lugares da classificação.
Texto e foto Firmino Paixão
José Cavaco, 31 anos, antigo jogador do Cabeça Gorda, conhece a realidade do clube. Chegou este ano à presidência, após alguns anos na retaguarda como diretor desportivo, com um nível de proximidade ao plantel e ao treinador Celso Ramos, que lhe permite conhecer a qualidade dos jogadores, afinal responsáveis pela sua manutenção nos órgãos sociais do clube.
Um presidente novo, vida nova no Cabeça Gorda?É verdade, presidente assumido, porque tenho vindo a fazer este trabalho no clube há três ou quatro anos. Terminei a carreira de jogador no Cabeça Gorda, fiquei como dirigente, porque estava a ser muito difícil afastar-me dos relvados e deixar de “cheirar a bola”. Estava a ver que não conseguia lidar com isso e juntei-me então aos dirigentes que cá estavam, e tenho vindo a subir na hierarquia.
Revela uma enorme paixão pelo futebol, qual foi o seu percurso?Tenho uma grande paixão, até me estou a arrepiar. Comecei a jogar aos sete anos no CCD do Bairro da Conceição, com o senhor António Mareco, fiquei lá até aos iniciados e depois vim para a Cabeça Gorda no primeiro ano de juvenil. Fiquei até que o joelho não me deixou jogar mais, agora aqui estou como dirigente.
Convivia de perto com esta realidade enquanto vice-presidente, agora deu um passo mais largo e chegou à presidência do clube?Não perspetivava que isso pudesse acontecer. Já tinha anunciado que a época passada seria a minha última como dirigente, entreguei mesmo a minha carta de demissão antes de terminar o campeonato. Mas depois de a época terminar foram os próprios jogadores que me deram a volta. Vieram ter comigo com uma folha assinada por todos, dizendo que se eu saísse eles também iriam todos embora. Para que clube não ficasse a perder e eu não me auto flagelasse com essas culpas, aceitei continuar.
Evitou uma crise diretiva do clube, foi isso?Sim, porque ainda fizemos algumas reuniões, ninguém estava disposto a continuar com a equipa sénior, apenas com os miúdos da formação. Ainda fiz notar que o símbolo do Cabeça Gorda são os seniores, mas não vi ninguém com coragem de vir para a frente do clube.
Sucede a uma geração de presidentes que são nomes históricos no “Ferróbico”?Tenho essa consciência e também agarrei mais este projeto uma vez que não deixei marca no Ferróbico dentro do campo, por isso quero tentar deixar essa minha marca cá fora, como dirigente.
O que vai mudar na próxima época?Mudará muito pouco, para ser rigoroso. Mas tentaremos fazer uma época desportivamente melhor, subindo alguns lugares na tabela. Isso tem vindo a ser conseguido de ano para ano e queremos continuar nesse caminho.
O Celso Ramos manter-se-á como treinador?Tenho trabalhado sempre muito perto do Celso, quando cá cheguei até assumi as funções de dirigente e adjunto dele. Tenho acompanhado o seu trabalho e asseguro que é um dos melhores treinadores que temos no distrito.
E o plantel? Transitam todos os jogadores, existirão reforços?A maioria dos jogadores vai continuar, sairão um ou dois jogadores, porque não podem continuar devido a questões pessoais. Mantêm-se 16 jogadores da época passada e juntaremos mais quatro ou cinco atletas que serão fundamentais para que consigamos as nossas metas.
Uma equipa com qualidade para trabalhar para a manutenção?Eu já não digo a manutenção, porque isso é para quem está inseguro. Quando falo de manutenção é para a assegurarmos o mais rapidamente possível, depois sonharmos com os lugares cimeiros, juntarmo-nos aos denominados grandes na primeira metade da tabela.
Na Taça Distrito o clube tem alguma tradição e até já fez história na Taça de Portugal…Ainda não era nascido quando o clube fez esses brilharetes, mas em termos de Taça Distrito temos feito alguma mossa nos últimos anos, temos atingido as meias-finais e os quartos de final e esta época tentaremos chegar mais longe.
A que nível trabalham nos escalões de formação?Competiremos com uma equipa de infantis, tínhamos quatro pequenotes que subiam de escalão e que os treinadores não queriam perder, portanto, faremos um esforço para formar uma equipa de infantis com eles e com os restantes benjamins.
Os apoios são suficientes para equilibrar o orçamento do clube?Os apoios são poucos, a nossa sorte são os eventos que organizamos ao longo da época para angariarmos fundos, por isso costumo dizer que o músico Ruben Baião é o nosso patrocinador oficial. Sem isso não seria possível levar isto a bom porto, porque as despesas são muitas e as ajudas que recebemos da junta de freguesia e do município não seriam suficientes.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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