José Saude
António Gedeão, em “Pedra Filosofal”, cantava:
“Sempre que o homem sonha/o mundo pula e avança”. E a verdade é que a
mitologia dos sonhos propõe ao homem metas que, parecendo inatingíveis,
são por norma alcançáveis. O desporto é uma híbrida conceção que tem
galgado impensáveis fronteiras, colocando o ser humano no púlpito e de
onde se extrai um infindável mundo de modalidades que se afirmam no
palco regional e nacional. Olhamos o conteúdo de novas apetências
desportivas implementadas no distrito de Beja e reparamos que o seu
crescimento é enorme. Vagueando, em particular, pela força motriz que a
água oferece, assim como as zonas limítrofes que se expandem à sua
volta, dou conta de modalidades que antes se praticavam noutras regiões
mas que paulatinamente se têm afirmado na nossa esfera territorial. Leio
conteúdos que enchem de orgulho o amante do mundo desportivo.
Privilegiei sempre novos argumentos que davam mostras de inacabáveis
dedicações. Debrucei-me, em tempos áureos, sobre o kayak polo, sendo que
hoje é um irrevogável sonho que colocam Beja no auge. A piscina
municipal da velha Pax Julia, designadamente, tem sido palco de
amistosos torneios nacionais e de presenças constantes de atletas. A
Associação de Kayak Polo de Beja tudo faz para levar de vencida
eventuais obstáculos deparados. De Vila Nova de Milfontes chegam-nos
notícias de uma equipa de futebol de praia e que tem como emblema o
Clube Desportivo Praia de Milfontes. Rapazes que levam o nome da vila, e
da região, a diversos palanques nacionais. Regresso ao cosmos dos
sonhos e relembro que a cantiga de António Gedeão, “Pedra Filosofal”,
deveremos enquadrá-la em pressupostos desportivos que, sendo o sonho
“uma constante da vida/tão concreta e definida/como outra coisa
qualquer”, este tema se cinja a um simbiose colossal para novas
propostas que visam hastear bandeiras do desporto alentejano em toda a
sua grandeza.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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