A mais jovem Seleção Nacional cumpriu, este domingo, o último dia de trabalho do estágio que marcou o arranque da presente época desportiva e, simultaneamente, encerrou o ano de 2014.
Com um grupo bastante alargado de jogadores, que teve contacto com os processos da Equipa das Quinas primeira vez, a gestão da ansiedade e dos sonhos parecem ser os principais desafios da equipa técnica, que se esforça por transmitir os valores-base de um espaço de excelência.

"Este é o início de um processo e temos de ter em conta a tenra idade dos jogadores e o facto de estarem pela primeira vez num espaço de Seleção. É natural haver alguma ansiedade e até pouco à-vontade por ser a primeira vez, por isso o objetivo da equipa técnica é fazer com que se sintam bem neste espaço, que é especial, de grande exigência e onde todos os miúdos desta idade e até os mais novos sonham chegar. Estes jogadores foram escolhidos, chegaram a um patamar de excelência, têm sonhos e muita ilusão, e a nossa mensagem passa por lhe transmitir uma ideia de liberdade com muita responsabilidade", começou por dizer o Treinador Nacional, Emílio Peixe.

Desenvolvendo um pouco mais desta noção da 'responsabilidade com liberdade', o técnico luso diz que a primeira preocupação neste estágio passou por proporcionar uma experiência positiva aos jogadores para que se sintam incentivados a trabalhar e regressar à Seleção Nacional.

"Os miúdos sabem que a partir do momento que chegam a este espaço são especiais, não são mais nem menos do que os outros, mas são jogadores de Seleção. Sabemos que são bastante jovens, mas têm de começar já a interagir de forma correta, incorporando um conjunto de valores e formas de estar próprias deste espaço. Aos poucos, vão percebendo as dinâmicas de trabalho, as lógicas de organização, as formas de comportamento e sabemos que é um processo que leva tempo, mas aquilo que tentámos fazer nestes dois dias foi permitir que eles aproveitassem bem esta primeira experiência. Quisemos que eles encarassem esta chamada de forma séria, mas que se sentissem bem neste contacto com jogadores de outros clubes e até de outros países com quem ainda não tinham interagido. Queremos que desfrutem de tudo isto, mas que sejam responsáveis quando chegar o momento de treinar ou de jogar, de modo a que justifiquem a oportunidade que lhes foi dada e para que nos mostrem que voltarão a merecer a chamada", disse.

No verdadeiro balanço deste estágio, Emílio Peixe congratulou-se pela qualidade individual e coletiva que encontrou. "Cada vez mais temos a noção de que se está a trabalhar bem ao nível dos clubes e que esse trabalho se reflete na qualidade dos jogadores. Compete-nos dar continuidade a esse trabalho, potenciando o crescimento dos jogadores num contexto de grande exigência, ambição e solidariedade uns para com os outros. Este é um espaço muito importante para eles crescerem e ficámos satisfeitos com o que vimos nestes dois dias. Sabemos que esta seleção tem qualidade e poderá, à semelhança das outras, contar com um bom grupo de trabalho. É fácil trabalhar com jogadores que apresentam estes índices de qualidade individual e coletiva em tão tenra idade, aplicando-se de forma excelente em cada treino", concluiu.

Fonte: FpF.PT