sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A fraude


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José Saúde

A história do Despertar conheço-a quase de fio a pavio. Uma realidade basilar que por razões patentes não vislumbrei e uma outra que tive a oportunidade em identificar. Recordo a sublime linhagem de dirigentes que jamais venderam a alma ao diabo, e tão-pouco admitiram que o seu clube fosse achincalhado na praça pública. O passado da coletividade bejense reflete trabalho, dedicação, orgulho e entrega. O velhinho “rasga” primou pela construção de alicerces que conduziram o grémio a justos elogios. Todavia, as vicissitudes da vida levam agora o homem a encarrilar por caminhos ínvios e que atiram o coletivo para uma inevitável queda a subterfúgios sempre inimagináveis. Esporadicamente aparece um eventual “Dom Quixote” que defende uma tese, quiçá à margem da concordância interna, assumindo em público uma posição que requer, a meu ver, uma atempada reflexão. Conspurcar a legitimidade das competições tentando cativar o povo para o campo das irregularidades é alienarmo-nos do espírito responsável que a prova desportiva requer.
Sem mácula mas com compaixão falemos de um assunto que considero tóxico. Este pequeno introito está implícito na ocasionada prepotência junto aos dirigentes da AFBeja e dos clubes primodivisionários, esgrimida pela cantilena de um evangelizador de histórias, que reclamava para a sua equipa, atual participante no escalão secundário, a subida ao campeonato da 1.ª divisão, visto que a desistência do Saboia coloca o quadro principal com 13, e não 14, clubes em disputa. O sujeito nos bastidores procurou encontrar consensos, terá falado em eventuais impugnações e boicotes, sendo que os dirigentes associativos entregaram aos filiados o poder decisório: seis votos contra, cinco favoráveis e duas abstenções foi o pecúlio apurado. A fraude engendrada remete-nos para hirtas ponderações. O Despertar é uma instituição digna que merece respeito e que jamais deverá cair no ridículo só porque alguém, pressupostamente irado, reclamava uma vitória profanada e sobretudo conquistada na “área” da secretaria. Assim, não! 

Fonte: http://da.ambaal.pt

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