sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Guarda-redes de excelência


Realizou-se em Beja a primeira de 11 ações do projeto “Escola de guarda--redes” promovido pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), com a coordenação do antigo internacional Vítor Baía.

Texto e fotos Firmino Paixão


Catorze guarda-redes e 22 treinadores assinaram o ponto na primeira ação do projeto “Escola de guarda-redes”, que trouxe a Beja grandes nomes do futebol português, como Vítor Baía (coordenador), Fernando Brassard, Pedro Roma, Pedro Espinha e o treinador nacional Rui Caçador. Uma ação que se multiplicará pelo País, com jovens entre os 13 e os 15 anos, qualificando o seu desempenho de forma a potenciar uma eventual chamada às seleções nacionais.
Vítor Baía, o antigo guarda-redes do Futebol Clube do Porto e da Seleção Nacional, justificou: “O projeto surgiu na sequência de algumas lacunas que encontrámos ao longo dos últimos anos, em termos daquilo que é o trabalho na formação de guarda-redes”. E explicou: “Foi-nos proposto pela federação a elaboração de uma metodologia, algo que foi muito fácil, porque, felizmente, a federação já tem excelentes profissionais, gente com experiência e grandes referências do passado nas balizas, como o Fernando Brassard, o Pedro Roma e o Pedro Espinha. Por isso, foi muito fácil agilizarmos todo este processo”. Quanto aos objetivos, disse, “queremos colocar a FPF como uma referência nacional e internacional na formação de guarda-redes e de treinadores. Conseguirmos ter bons guarda-redes passa também por termos bom enquadramento técnico para eles e aquilo que nos foi proposto como objetivo e alcançar a excelência”. O antigo internacional revelou depois: “Estamos motivadíssimos e é com esse capital de empenho e motivação que estamos aqui para transmitir todo o nosso conhecimento e ajudar todos estes jovens que vieram cá para aprender. A nossa pretensão é aumentar o leque de guarda-redes de qualidade para as nossas seleções, qualificar, potenciar, valorizar e promover a figura dos guarda-redes, porque, infelizmente, as referência escasseiam cada vez mais e, desde que nós terminámos a carreira, não existem muitos guarda-redes portugueses que vocês possam ter como referência, haverá um ou dois e pouco mais”. Por tudo isto, sublinhou ainda, “queremos inverter essa tendência, queremos que exista o gosto pela baliza e o encanto pela posição, porque o guarda-redes é realmente o jogador mais importante numa equipa de futebol e as referências que hoje existem para estes jovens, se calhar, são mais os jogadores estrangeiros do que os nacionais, e é isso também que nós queremos mudar, queremos mudar o paradigma que existe nas ligas nacionais, 80 por cento dos guarda-redes nacionais, em vez dos atuais 80 por cento estrangeiros, queremos ter guarda-redes ‘made in’ Portugal”.
O presidente da Associação de Futebol de Beja, José Luís Ramalho, mostrou satisfação pela escolha de Beja para arranque do projeto. “É um orgulho para a AF Beja ter sido escolhida para aqui se verificar o arranque deste projeto da FPF, que é o projeto ‘Escola de guarda-redes’. E a escolha de Beja é uma forma de nos motivar e de incentivar os nossos jovens e esperamos que desta ação saiam frutos e que surjam aqui alguns bons valores”. Confiante no sucesso que a iniciativa colheu junto dos jovens, o dirigente lembrou: “A presença do Vítor Baía, só por si, já é relevante, tornando a ação marcante para todos eles e, seguramente, que constituirá um motivo de orgulho para cada um destes jovens. Esperamos que efetivamente seja possível recuperar a tradição que existia no nosso País de uma grande escola de guarda-redes”. José Luís Ramalho sublinhou ainda: “Estiveram aqui todos os miúdos que fizeram parte das nossas seleções e os seus treinadores, sabendo-se já que a Associação de Futebol de Beja irá creditar uma ação de formação de guarda-redes, e aí sim, já destinada a outros níveis etários”.

Fonte:  http://da.ambaal.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário