Os jogadores da equipa de juvenis do Praia de Milfontes tiveram de
esperar sete jornadas para celebrar a sua primeira vitória na época de
estreia no campeonato nacional da categoria.
Os jovens de Vila Nova de Milfontes impuseram-se no passado dia 25 de
Outubro à equipa do Juventude de Évora por quatro bolas a zero, somando
um triunfo que há muito perseguiam.
"Foi sem dúvida um merecido prémio para os meus jogadores. É pena ter
surgido tão tarde, pois tivemos alguns jogos em que não marcámos e
acabámos por perder sem merecer", sublinha ao "SW" o técnico Miguel
Pinóia.
Depois do inédito título distrital alcançado na última época, os juvenis
do Praia de Milfontes estreiam-se este no nacional da categoria,
medindo forças na Série E com emblemas cheios de história no futebol
português, casos do Belenenses e do Vitória de Setúbal, dos algarvios do
Louletano ou até do alentejano Lusitano de Évora.
"É sem dúvida um campeonato muito exigente, em que o nível é muito alto.
Os nossos miúdos estão a evoluir, mas num patamar abaixo das equipas
adversárias", reconhece Miguel Pinóia, assumindo algumas fragilidades na
sua equipa.
"Os nossos adversários têm mais capacidade, os miúdos têm outro
andamento e estão habituados a jogar nos campeonatos nacionais desde os
iniciados. Já os nossos atletas estão agora a adquirir esse andamento,
mas a competir! E naturalmente que pagamos isso com os resultados",
acrescenta.
Mas as dificuldades do Praia de Milfontes no Nacional de Juvenis não se
ficam por aqui. E Miguel Pinóia é rápido a identificar mais uma lacuna
na sua equipa: a escassa dimensão do plantel que está à sua disposição.
"Temos um plantel com apenas 15 miúdos, o que é muito pouco. Ainda agora
jogámos com o Juventude, que é de Évora, uma cidade, e com o Oeiras,
que tem 22 miúdos e onde o treinador dispensou mais 20", justifica o
técnico.
Tudo isto, resume Miguel Pinóia, faz com que a luta do emblema de Vila Nova de Milfontes com os outros clubes seja "desigual".
"Mas os nossos miúdos têm tido uma atitude de guerreiros, que é o lema
deste clube! Estão a fazer das fraquezas forças, estão a correr mais e a
lutar mais. E tentamos estar mais organizados que as outras equipas.
Porque já que não temos as mesmas armas, temos que ser melhores que os
adversários", argumenta.
É por tudo isto que o treinador não deita a "toalha ao chão" e continua crente que a manutenção (ainda) é possível.
"Pensamos jogo a jogo e queremos continuar a evoluir competindo. E no
final faremos as contas", diz. Mas mesmo que o regresso dos juvenis ao
campeonato distrital da categoria se concretize, ter estado uma época a
competir nos nacionais valerá sempre a pena.
"De certeza absoluta que no final do campeonato os nossos jogadores
terão evoluído bastante. Costumo dizer que mais vale perder com os
melhores que ganhar aos piores. E é competindo com os melhores que
evoluímos. Jogando com equipas fracas não vamos evoluir ou evoluímos
muito pouco", justifica Miguel Pinóia.
Fonte: http://www.jornalsudoeste.com
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