Numa tarde quente, assistiu-se no Complexo Desportivo, em Almodôvar, a
uma partida da 24ª jornada entre duas equipas com estados de espirito
completamente diferentes. Enquanto a equipa da casa, tranquila na tabela
classificativa, jogava apenas pelo prestigio e tentaria demostrar aos
seus associados um bom futebol, o FC S. Marcos, que luta
desesperadamente pela manutenção, ia tentar amealhar pelo menos um
pontinho, que mantivesse ainda acesa a vela da esperança numa possivel
fuga à já quase anunciada descida à 2ª divisão distrital.
O CD Almodôvar entra em campo com intenção de resolver rapidamente o
jogo, tentando acercar-se da baliza de Joel mas insistindo muito no jogo
pelo meio, tentando meter bolas nas costas da defesa, mas sempre pelo
corredor central, em vez de explorar os flancos, onde a veterania dos
seus oponentes o recomendava. Com o passar do tempo, os jogadores do S.
Marcos foram ganhando confiança, ao invés dos de Almodôvar, equipa onde
os niveis de ansiedade foram crescendo ao mesmo ritmo das oportunidades
falhadas. Totalmente ineficazes frente à baliza adversária, os homens
comandados por Dário Colaço apenas se conseguiram adiantar no marcador
atrávés de uma grande penalidade indiscutivel cometida sobre Mário
Saleiro e que Ricardo Aimar concretizou em golo. A primeira parte
terminou pouco depois com o resultado justo, apesar da já referida
ineficácia dos dianteiros de Almodôvar.
Com o início da segunda metade, acentuou-se ainda mais o desacerto da
equipa da casa, tentando chegar ao golo da tranquilidade mas falhando
rotundamente frente à baliza adversária. O S. Marcos, pé ante pé, ia-se
aproximando da baliza à guarda de João Sousa, apesar de pouco ou nenhum
perigo criar, mais preocupados em guarda a sua baliza.
Com o avolumar do tempo de jogo, os jogadores caseiros começaram a
querer resolver através de iniciativas individuais, perdendo algumas
boas situações por decisões egoistas, quando o mais acertado seria o
jogo em equipa.
Devido a esse nervosismo, não estranhou o golo do S. Marcos, que surgiu
através de uma jogada de contra ataque, onde Gonçalo aparece frente ao
guardião da casa e não tem dificuldades em batê-lo.
Com o golo adversário, acentuou-se o desnorte dos homens da casa que
voltaram a insistir em jogadas individuais, todas elas sem
consequências. No final da contenda, a surpresa ia sendo completa,
apenas evitada pela má finalização do jogador do S. Marcos que só,
frente a João Sousa, tenta fazer um chapéu, falhando a baliza por muito
pouco.
Resumindo, empate que penaliza o Clube Desportivo de Almodôvar, fruto da
ineficácia e desacerto dos seu homens mais avançados, equipa
que realizou talvez a pior exibição da época, não se conseguindo
evidenciar nenhum jogador.
No S. Marcos, apesar de toda a sua veterania, com Adilson, Pitico e
Bruno Xavier no onze inicial, o homem que mais se evidenciou foi
naturalmente o marcador do golo, Gonçalo Luz, bem como toda a equipa
que, apesar de pouco ou nada treinarem, deram mostras de um espirito de
equipa assinalável.
A equipa de arbitragem, comandada por Pedro Jonas, com Luis Ralha e
Nelson Hermosilha com auxiliares, fez uma arbitragem bastante regular,
sem quiasquer influências no resultado.
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