O tricampeão nacional Benfica já trabalha e dentro de algumas
semanas, após o Europeu de sub-19, vai surgir a treinar entre os craques
Diogo Gonçalves, nascido em Almodôvar.
O jovem baixo-alentejano é apontado por muitos como a próxima "jóia" da
coroa da formação encarnada e toda a imprensa desportiva nacional
escreve que Rui Vitória conta com ele para seguir as pisadas de Renato
Sanches, Victor Lindelöf ou Gonçalo Guedes na principal equipa das
águias.
Em entrevista ao "CA", Diogo Gonçalves assume a ambição de chegar à equipa principal do Benfica.
Quando os jornais falam de um "Grupo de Elite" na formação do Benfica
e o teu nome surge como a próxima grande aposta do clube, como reages:
desvalorizas ou isso é uma "boa pressão"?
Reajo bem, mas tento sempre manter a minha postura e encarar isso da
melhor maneira para me dar ainda mais força e continuar o bom trabalho.
Tens contrato até 2021 e uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros. Este valor dá-te mais responsabilidade?
Representar este clube já é uma grande responsabilidade. E depois estar
ligado a ele até 2021 dá um acréscimo dessa mesma responsabilidade.
Em entrevista ao "CA", em Julho de 2012, reconheceste que a camisola
do Benfica "pesava mais". À medida que vais subindo de escalão, sentes
que esse "peso" é cada vez maior?
Claro que sim, cada vez é tudo mais competitivo e mais difícil fazer a
diferença. E é claro que cada vez o peso desta camisola vai sendo cada
vez maior.
Nas últimas duas épocas estiveste em bom plano na UEFA Youth League
[a Liga dos Campeões para equipas sub-19]. Como foi representar o
Benfica na Europa? Sentes que te valorizou ainda mais como futebolista?
Jogar na Europa já é bom e ainda por cima jogar lá a representar o
Benfica ainda é melhor. É juntar o útil ao agradável! E sim,
valorizou-me como jogador, pois todos os jogadores que jogam nas
competições europeias e no Benfica saem sempre valorizados.
Apesar de ainda seres júnior, na última época jogaste sobretudo na
equipa B. Foi difícil esse salto para um campeonato altamente
competitivo como é a Liga de Honra?
No início foi difícil, pois o ritmo e a intensidade são totalmente
diferentes do futebol formação. Há mais jogadores experimentes, mas isso
é bom para o nosso desenvolvimento, faz-nos crescer!
Sempre assumiste o desejo de vestir a camisola do Benfica na equipa principal. Essa continua a ser a tua maior ambição?
Sim, o meu maior sonho é vestir a camisola da equipa principal e jogar no Estádio da Luz.
Estás no Seixal desde 2009. Como têm sido estes anos?
Têm sido bons, têm sido anos fundamentalmente a crescer como pessoa e
como jogador. Sinto que evolui gradualmente e esse tempo fez de mim a
pessoa e o jogador que sou hoje.
A tua família continua a viver em Almodôvar. Como lidas com essa distância?
Lido bem. Tenho 19 anos e fui para o Seixal aos 12. No início custou
mais, como é óbvio, mas com o apoio dos meus pais e da minha família
tornou-se tudo mais fácil.
Fora do futebol, como ocupas os teus tempos livres?
Gosto de sair dos treinos ou dos jogos e ir descansar um pouco para
casa, ver televisão ou jogar PlayStation. Adoro jogar PlayStation, pois
gosto de competição e lá em casa no Seixal com o meu companheiro de
casa, o Guga, é sempre "guerras". Apostamos um contra o outro e
normalmente há azias!
Depois de todos estes anos fora de casa, ainda te sentes alentejano?
Claro que me sinto alentejano! É a minha "terra", é de lá as minhas origens e valorizo muito isso. Hei-de ser sempre alentejano!
Fonte: http://www.correioalentejo.com
Sem comentários:
Enviar um comentário