O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol
(FPF) condenou o Mineiro Aljustrelense a uma pena de dedução de três
pontos e uma multa de 1020 euros. Em causa estão os desacatos entre
jogadores no final do jogo em Aljustrel diante do Farense, realizado em
Dezembro de 2016 e a contar para a primeira fase do Campeonato do
Portugal. Uma decisão que não é aceite pelos responsáveis do emblema
tricolor, que foram notificados a 19 de Abril e que entretanto já
interpuseram recurso ao Conselho de Justiça da FPF.
"Não podemos concordar com este castigo", afirma ao "CA" o presidente do
Mineiro Aljustrelense, começando por criticar o "timing" da decisão do
Conselho de Disciplina.
"É incompreensível que a FPF leve cinco meses para tomar uma decisão
destas", diz António Gonçalves, reconhecendo que toda a situação criou
"desestabilização" no plantel e no clube num momento da época "que é
crucial".
António Gonçalves reconhece que o que aconteceu dentro de campo no jogo
Mineiro Aljustrelense-Farense é passível de consequências disciplinares.
Mas não admite que os três pontos sejam deduzidos ao clube na fase de
manutenção, dado tudo aconteceu na primeira fase do Campeonato de
Portugal.
"Se nos tirarem pontos na primeira fase tudo bem. Agora tirar pontos
directamente na segunda fase não faz o mínimo sentido", argumenta o
presidente da Mineiro Aljustrelense, que apesar do que aconteceu pediu
no recurso apresentado ao Conselho de Justiça a absolvição do clube.
"Não podemos estar a esconder ou a escamotear uma situação que foi mais
que evidente. Mas o que também não aceitamos é que o árbitro teria de
cumprir determinados requisitos para proceder à interrupção do jogo e
não o fez. [
] Por isso, pedimos mesmo a absolvição neste processo, uma
vez que entendemos que os procedimentos não foram feitos da forma mais
correcta", afirma.
À espera do desfecho do recurso, resta agora ao Mineiro Aljustrelense
garantir a manutenção dentro das quatro linhas, conquistando pontos
suficientes nas jornadas que faltam para evitar qualquer dissabor que
possa chegar pela secretaria.
"A equipa sabe perfeitamente que este foi um problema criado dentro do
campo. E sendo criado dentro do campo, tem de ser resolvido dentro do
campo! Têm de ser eles, em primeira instância, a resolver o problema
dentro de campo. E nós acreditamos que sim", conclui António Gonçalves
Fonte: http://www.correioalentejo.com/
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