O 6.º Congresso Ibérico de Atividade Física e Desporto, organizado pela área de formação em Ciências do Desporto do Instituto Politécnico de Beja, reuniu cerca de 300 participantes e teve resultados imediatos.
Texto e foto Firmino Paixão
A necessidade de criar oportunidades de formação avançada foi um dos objetivos elencados pela organização do evento à cabeça da temática do congresso e, mercê dos parceiros que se juntaram ao Politécnico de Beja, foi o que teve resultados imediatos, com a realização, pós reunião, de uma “certificação internacional de treino em suspensão”, adiantou Vânia Loureiro, coordenadora da comissão organizadora, que revelou também o interesse das empresas de topo nesta área formativa em intervirem na nossa região, face à centralidade do território.
O fitness, leia-se, a boa forma física, está, de resto, no topo das prioridades de quem se preocupa com a melhor qualidade de vida, por isso, referiu Vânia Loureiro, “a mensagem que quisemos passar neste congresso, com o tema ‘Novos tempos do fitness’, foi que não nos esquecemos que somos promotores de saúde através da atividade física e que a saúde também passa pelas três dimensões, a física, a social e a psicológica, ou seja, nós estarmos bem e sentirmo-nos felizes. E a prática também promove essa felicidade. Foram estas as variáveis que propusemos ao congresso”.
Serão esses, então, os “Novos tempos do fitness”? “Esses são, realmente, os novos tempos do fitness, ou seja, não olhar para a atividade física apenas pela sua técnica, pela sua coreografia, pela sua especificidade, mas percebermos que através da atividade física podemos promover saúde e promover felicidade e podemos, eventualmente, tratar alguns problemas que existam na nossa sociedade e estamos a falar de alguns casos de saúde mental e afins, em patologias como as doenças cardíacas, a diabetes: promover a saúde evitando que elas se instalem ou que, já existindo, podermos de alguma maneira atenuá-las”.
Depois, pela qualidade intrínseca da formação adquirida pode potenciar a abertura de mercados de trabalho, concordou a coordenadora da organização. “A ideia era essa também. Trouxemos diversas empresas, diversas perspetivas, e creio que algumas delas vieram também mostrar as diferentes intervenções que nós podemos ter no mercado de trabalho. Estamos muito centrados em sermos instrutores, em sermos preparadores físicos, e esquecemo-nos de uma área em que raramente se investe, que é a área da gestão, a área empreendedora, de como vender. Nessa área ainda temos muito para explorar e muito para fazer”.
À organização deste 6.º congresso juntaram-se empresas de topo nesta gama de formação, sublinhando, também, a docente Vânia Loureiro, que “colaboraram connosco as empresas de referência no nosso país, empresas que promovem formação privada em Portugal e que nós aproximámos do Instituto Politécnico de Beja e que poderão ser futuros empregadores dos nossos alunos” e acentuou: “Não queremos que venham só ministrar formação, mas que também reconheçam a nossa qualidade enquanto formadores, que reconheçam que no IPBeja existe formação em Ciências do Desporto e que o fazemos bem”.
Outros parceiros deste congresso foram a Associação de Empresas de Ginásios e Academias de Portugal (AGAP), a Rede de Escolas com Formação em Desporto no Ensino Superior Politécnico Público (Redespp), a par, naturalmente, do município de Beja, e Vânia Loureiro assumiu: “A Câmara Municipal de Beja ajudou-nos muito na organização, revelando aquilo que é uma cidade que sabe acolher as pessoas”. E acrescentou: “Tivemos a chancela da AGAP, que são os empregadores do fitness, ginásios e academias que movem milhões, e foi importante que nos conhecessem e que possam promover os currículos dos nossos alunos junto das suas empresas. A Redespp é uma rede de escolas de desporto que nos conhece e sabe que, para além de parceiros diretos na formação nacional, que aqui se trabalha bem”.
E foi um pouco por isso que Vito Carioca, ainda presidente do IPBeja na abertura do congresso, mostrou um “enorme orgulho pela equipa de Atividade Física e Desporto, a minha unidade orgânica de origem e para onde estou prestes a voltar”, justificando que “esta equipa sempre partilhou o meu pensamento de uma unidade orgânica de qualidade”. E concluiu: “Foi assim que sempre sonhei esta escola, uma escola forte e com dinâmicas como este congresso”.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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