Uma questão de hegemonia

A Casa do Povo de Serpa (equipa B) venceu o Campeonato Regional de Ténis de Mesa, em seniores masculinos, batendo, na última jornada, em Beringel, a equipa A do Externato António Sérgio, por 3-2.
Texto e foto Firmino Paixão

As dificuldades eram esperadas pelos mesa-tenistas da equipa de Beringel que teriam de virar um resultado negativo de 4-1, trazido da primeira mão, quando atuaram na Casa do Povo de Serpa.
O campeonato decidiu-se na última ronda com os “miúdos” de Serpa a derrotarem primeiro a formação B do Externato, por 4-0, depois a equipa principal por 3-2. E aqui, sim, houve jogos competitivos e com algum equilíbrio, no entanto, confessou o jogador Rui Ferro, dirigente do Externato António Sérgio: “Era extremamente difícil ultrapassar a equipa de Serpa, mas nós tentámos, esforçámo-nos e empenhámo-nos, equilibrámos muito bem os jogos, obrigando a equipa adversária a dar o máximo para conseguir atingir os seus objetivos. Este ano ficámos em segundo lugar e ganhámos a taça distrital, foi uma época excelente”.
Porque a Casa do Povo de Serpa já tem uma equipa na 2.ª Divisão Nacional, será a formação de Beringel a participar na fase de apuramento para eventual subida de divisão, revelou ainda Rui Ferro: “Vamos jogar a fase de qualificação para a 2.ª divisão, em Paderne, no final de junho. Obviamente que tudo dependerá da qualidade das equipas que apanharmos. Mas na Taça de Portugal tivemos uma sorte impressionante, pois defrontámos duas equipas da 2.ª Divisão, a quem ganhámos, e depois jogámos os quartos de final com o Sporting, mas isso foi uma situação única, que não se repetirá”.
Rui Ferro referiu também: “Era importante que aparecessem outras coletividades do nosso distrito a dedicarem-se ao ténis de mesa, isso era fundamental para que o campeonato tivesse mais qualidade e mais gente a jogar. O que nós sentimos, aqui no Externato, é que a competição é muito reduzida, precisamos de mais jogos e mais competitividade”. E concluiu perspetivando o encerramento da temporada, que ocorrerá no Algarve: “Em Paderne vamos ver se conseguimos vencer, subirmos de divisão seria algo maravilhoso, implicaria uma competição muito maior, tínhamos de trabalhar mais e conseguíamos pôr os nossos miúdos a jogar na 3.ª Divisão. Vamos tentar”.
No lado dos novos campeões foi António Bentes, essa mítica figura do ténis de mesa no sul do País, praticante, técnico e dirigente das equipas do Luso União Serpense e da Casa do Povo de Serpa, que comentou o triunfo: “Foi um campeonato engraçado, principalmente para a nossa equipa B, que é essencialmente constituída por juniores”.
António Bentes também lamentou a inexistência de mais clubes na região de Beja, sublinhando: “Este campeonato regional teve oito equipas, no ano passado teve 10 e no próximo ano perspetiva-se que venham mais equipas, possivelmente 11 ou 12, depois, nas provas nacionais, infelizmente, de Setúbal para baixo, só o Luso Serpense é que tem participado na 2.ª Divisão de Honra”. As restantes, concluiu, “além do Vitória de Setúbal, são todas de Lisboa para cima e na nossa zona temos equipas de Coimbra e das ilhas, portanto, está ver as dificuldades”.
Fonte:  http://da.ambaal.pt