A equipa feminina do FC Castrense (ainda) não sonha com a subida ao
principal escalão da modalidade em Portugal, mas quer melhorar a
brilhante prestação alcançada em 2016-2017, que lhe valeu um terceiro
lugar na Série E do Campeonato Nacional de Promoção. Uma meta que,
volvidas sete jornadas em 2017-2018, está a ser amplamente alcançada: a
equipa é segunda classificada na Série F com 19 pontos, fruto de seis
vitórias e um empate em sete rondas.
"Não posso estar triste com o rendimento da equipa, muito pelo
contrário. Estamos a fazer um campeonato muito bom e já passámos a
primeira eliminatória da Taça de Portugal", nota com satisfação o
técnico do FC Castrense.
"A equipa está a responder melhor do que aquilo que pensaríamos e o
campeonato está a ser muito bom", acrescenta Ruben Lança, 31 anos, que
nesta temporada tem como adjunto Roberto Belchior e André Caçoila. Os
seccionistas são Humberto Simão e Aurélio Ramires.
Mas apesar do bom arranque de época da equipa e de contar este ano com
um plantel que lhe enche "as medidas", o jovem treinador prefere não
embandeirar em arco. E quando se toca a falar de uma eventual subida,
lembra que nem sempre o querer é poder.
"Quem trabalha comigo e acompanha o trabalho da minha equipa técnica
sabe que queremos sempre mais. As atletas sabem isso e merecem isso. Mas
subir
é muito complicado! Vamos ser realistas: estamos a falar dos
mesmos problemas que tivemos o ano passado, que são as lesões", sustenta
Ruben Lança, sem contudo fechar qualquer porta a horizontes mais
ambiciosos.
"Vamos ver o que o futuro nos reserva", diz, para logo deixar uma
garantia a atletas e adeptos: "Mas a verdade é que este segundo lugar é
para manter e vamos lutar por isso. Vai ser assim jogo-a-jogo e de
certeza, com o trabalho semanal que elas têm, que isso vai acontecer".
O trabalho sustentado do FC Castrense no futebol feminino faz do clube
cada vez mais uma referência na modalidade no sul de Portugal. Um
"estatuto" que Ruben Lança reconhece, destacando a capacidade que a
equipa de Castro Verde tem tido de se renovar todos os anos, em virtude
da saída de atletas para clubes com outra dimensão (e poderio).
"Fazemos um bom trabalho a este nível e conseguimos captar atletas com
potencial que vêm das selecções distritais. E temos outra vantagem, que
continuo a achar importante para o desenvolvimento da modalidade no
nosso distrito: conseguimos renovar a nossa equipa sem 'destruir' as
equipas de futsal", observa Ruben Lança.
Tudo isto leva o jovem técnico a mostrar-se esperançoso em relação ao
futuro da equipa
e da modalidade na região. "Temos duas atletas com
idas regulares à Selecção Nacional e temos atletas observadas para a
Selecção, o que para mim é motivo de orgulho. E pela experiência que
tenho, sei que vem aí uma geração muito boa de jogadoras", remata.~
Fonte: http://www.correioalentejo.com
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