Alerta
A
intemporalidade do universo desportivo onde afortunadamente coabitamos,
remete os lícitos afetos humanitários para inesperados momentos em que o
sinal de alerta se torna estritamente evidente. Viajo pelo mundo do
desporto já lá vão quase 60 anos e nesta maratona enuncio que me iniciei
no futebol, oficialmente, com as cores do Despertar, aos 13 anos,
seguindo-se as épocas ao serviço do Sporting CP, Desportivo de Beja, FC
Serpa e Aldenovense. Ao longo das décadas em que o dito desporto-rei
sempre mereceu uma atenção especial, sublinho que houve de facto
escaramuças, ergueu-se bem alto a condição do clubismo, existiram, e é
verdade, discórdias entre adeptos, todavia, os ânimos acalmavam-se e no
fim-de-semana seguinte lá estavam os estádios cheios de gentes para
aplaudirem os atletas e os emblema do seu coração. Agora, soou o
eloquente grito de alerta e todas ou quase todas as competições foram
interrompidas. O covid-19 alastrou-se pelo mundo, as suas consequências,
garantem as entidades oficiais, são desastrosas e das associações
regionais, nacionais às internacionais, chegou a implícita ordem de
paragem. Declaram as altas instâncias que o enigmático vírus é
contagioso o que requer cuidados redobrados. Esta paragem das
competições obriga às mais díspares alterações de jornadas anteriormente
calendarizadas. A problemática desportiva com a qual nos deparamos é
gravíssima e estende-se a uma sociedade civil que vive intensamente à
beira do caos e cujo fim é, por ora, desconhecido. Desportivamente
congratulo-me pela forma como as associações distritais, Beja em
particular, encararam as recomendações emitidas por quem de direito,
sendo que toda a atividade se encontra suspensa. Desconhecesse, por
enquanto, o seu fim, sabe-se que o problema é grave e merecedor de
cuidados redobrados. O covid-19 não dá tréguas e o seu silêncio é
deveras malicioso. Encaminhei o texto de hoje, embora o faça apenas pela
rama, para debitar uma matéria em que me confesso leigo, mas nunca me
divorciando de uma narrativa que mexe rigorosamente com a população
mundial a qual vive acantonada sob o abrigo do medo. Sabe-se que o
coronavírus caiu como uma bomba no cosmos terrestre, sendo as suas
sequelas por agora inimagináveis. O desporto, na generalidade, vive
amedrontado com o desenvolvimento de uma bactéria onde ainda não existe
uma cura testada e que deixa abalo no evoluir de uma qualquer
competição. Impõem-se, portanto, um alerta seguro e a esperança de um
breve regresso à normalidade. Fica, pois, o repetido alerta e o
merecidíssimo cartão vermelho ao maldito covid-19, uma pandemia que se
prevê devastadora e que não conhece géneros, cores, religiões, credos,
idades, linguagens, estatutos sociais, raças, profissões, ou seja,
estamos em presença de um dano transversal onde o povo se encontra
maniatado a um novo vírus que destrói vidas.
Fonte: Facebook de Jose Saude
Fonte: Facebook de Jose Saude
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