José Saúde 
 Rolim 
 Foi no mês de fevereiro de 1978 que
 um moço de Beja atingiu o estatuto de internacional juvenil e numa 
época em que defendia as cores da Zona Azul que disputava o campeonato 
nacional. Esse antigo jogador chama-se Rolim e esteve prestes a viajar 
para Lisboa para representar o Sporting Clube de Portugal. Contudo, a 
informação para a possível transferência não chegou ao recetor direto, 
ele, e o momento de ouro esfumou-se num horizonte onde as oportunidades 
escasseiam. António Manuel Soeiro Rolim nasceu a 28 de fevereiro de 1961
 na cidade de Beja e o futebol foi sempre a sua grande paixão. Aos 13 
anos estreou-se, como iniciado, no Desportivo, onde foi campeão, 
seguindo-se o ingresso na Associação Cultural Recreativa Zona Azul. “Na 
Zona Azul fui campeão distrital em juvenis e juniores. Nesses tempos a 
Zona tinha equipas fabulosas. Nessa equipa jogavam o Nói Alves, o Chico 
Agatão, o Chico Fernandes, o Chapita, o Pepe, o Ferreirinha, o Beto, o 
Da Costa, o Zé Pedro Gil, o Larguinho, o Galvão, o Barroso, o Viana e o 
Baião, de entre outros”. Com o emblema da agremiação conhecida como o 
clube das “Alcaçarias”, embora a sede se situe na Rua Frei Manuel do 
Cenáculo, Rolim viveu tempos de glória e o seu nome disparou em flecha 
nos contextos nacionais. “Vesti a camisola da seleção nacional em jogos 
nos quais Portugal defrontou a Bélgica e Israel. Esses jogos 
disputaram-se em Faro e em Portimão”. Mas só num jogo que a Zona Azul 
disputou em Alvalade é que Rolim conheceu a razão pela qual a sua 
transferência para o Sporting se havia gorado. “O professor Cassiano, 
treinador da equipa de juniores, no final da partida questionou-me sobre
 a minha recusa em não ter aceitado o convite que o Sporting me 
endossou. Respondi-lhe que não tive conhecimento dessa proposta. Pedi, 
depois, explicações aos dirigentes da Zona Azul que alegaram precisarem 
de mim para a próxima época”. Ao atingir o escalão sénior “o Desportivo 
rejeitou-me”, refere com mágoa, e o antigo jogador tentou fixar-se num 
outro emblema. “Comecei a pré- -época no Juventude de Évora, mas num 
jogo de preparação contra os juniores do Benfica fraturei um pé e acabei
 por me vir embora”. Debelada a lesão, que levou muito tempo, viajou ao 
Futebol Clube de Serpa, sendo que o clube militava na terceira divisão 
nacional. Seguiu-se o regresso a Beja. “Vim para o Desportivo e na época
 seguinte fui para o Despertar. O presidente era o Barbosa e integrei 
uma equipa que ficou memorizada como o Cosmos”. Sim, é verdade, que esse
 conjunto de excelentes jogadores fizeram história no futebol distrital 
de Beja e Rolim explica porquê: “Pegámos no Despertar na segunda divisão
 distrital e levámos o clube à terceira divisão nacional conquistando 
todos os títulos na Associação de Futebol de Beja nos escalões onde 
praticámos”. Sucedeu-se o Sporting Ferreirense, onde foi campeão, e 
depois a Cabeça Gorda, sendo que após arrumar as botas teve uma 
experiência como treinador.
Fonte: Facebook de Jose Saude. 
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