sábado, 27 de março de 2021

Portugal entra a vencer no Europeu sub-21

 

Seleção Sub-21

Fábio Vieira marcou o golo que fez toda a diferença diante da Croácia.

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A Seleção Nacional sub-21 venceu esta quinta-feira, em Koper, a Croácia por 1-0, no seu jogo de estreia na fase de grupos do Campeonato da Europa Hungria/Eslovénia 2021.

Quase sempre dominadora, a Equipa das Quinas rapidamente se lançou na tarefa de visar a baliza à guarda de Semper, mas as oportunidades criadas foram sendo resolvidas pela organização defensiva dos croatas e pela sorte, ou falta dela – Tiago Tomás (26’), Diogo Queirós (26’), Pedro Gonçalves (34’), Gedson Fernanes (35’) e Vítor Ferreira (43’) não concretizaram boas ocasiões.

Durante o primeiro tempo, a Croácia ficou a perder no critério da posse de bola, mas em contrapartida criou sempre muito perigo de cada vez que se aproximava da área portuguesa. Diogo Costa, muito concentrado, conseguiu manter a sua baliza inviolável e, assim, croatas e portugueses iam para intervalo com um empate a zero que seria mais justo se fosse a 4 ou 5.ª

No segundo tempo, Portugal continuou a tentar diversificar as suas formas de chegar ao tão ansiado golo, mas só o conseguiu por uma vez – suficiente, no entanto, para possibilitar a vitória num jogo tão importante.

O lance do jogo foi desenhado aos 68’: combinação perfeita entre Dany Mota e Fábio Vieira, com este último a surgir isolado em frente à baliza croata e a não desperdiçar.

Estão garantidos os primeiros 3 pontos para Portugal no Grupo D deste Europeu sub-21, precisamente os mesmos da Suíça, que bateu a Inglaterra por 1-0 no outro jogo do agrupamento.

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Presidente da FPF assiste ao vivo
Fernando Gomes fez questão de se deslocar à Eslovénia para ver a estreia de Portugal neste Europeu sub-21 e esteve acompanhado na tribuna pelo presidente da uefa Alexander Ceferin.

Rui Jorge em discurso direto: “Conseguimos fazer uma pressão alta durante grande parte do jogo, conseguimos não deixar a Croácia muitas vezes jogar. [São] Duas equipas que tecnicamente são equipas evoluídas, acho que, ofensivamente, perderam muitas bolas. O terreno não estava simples, não estava fácil, estava um terreno duro e bastante molhado, e dificultava muito em questões técnicas. Mais satisfeito até com o aspeto defensivo do que ofensivo."

Fizemos um bom jogo, um jogo seguro, se calhar gostaria que tivéssemos criado mais situações de golo, ainda assim criámos situações suficientes para podermos ter um resultado positivo.

(derrota da Inglaterra frente à Suíça) Não faço ideia do peso que possa ter. É evidente que eles souberam o resultado, mas independentemente do resultado não é nada que eles não soubessem antes. Acho que a mensagem é mais difícil de passar de mim para vocês do que de mim para a minha equipa em relação à qualidade das equipas - quando digo vocês, digo a generalidade dos portugueses. São equipas que demonstraram qualidade para estar aqui, os jogos são equilibrados. Regra geral, olhando assim um bocadinho por alto para os outros grupos, as diferenças têm sido mínimas. Eventualmente, os países que organizaram [Hungria e Eslovénia] tiveram alguma dificuldade mais, mas serão sempre jogos equilibrados. Há qualidade em todas as equipas e os jogos vão ser sempre todos equilibrados.

(estreia de Tiago Tomás e Francisco Conceição) Estiveram bem, o Tomás trabalhou bastante, fez os movimentos que lhe pedimos, definiu bem momentos de pressão, foi seguro q.b com bola. O Francisco quando entrou agitou o jogo. é um jogador de desequilíbrios, traz um ânimo ao jogo que eu acho que é sempre necessário, traz uma paixão ao jogo que eu gosto que a minha equipa tenha. Estou contente por dois jovens poderem estar neste palco e aproveitarem desta forma.

Quando digo que temos bastante qualidade no grupo, acredito no que estou a dizer. Não o digo para ser bom para os jogadores, para tentar ser agradável para os jogadores, digo porque acredito. O Trincão fez um bom jogos nos 60 minutos, o Florentino e o Tomás também, mas temos jogadores no banco prontos para também trazerem algo à equipa, temos mais dois jogos para fazer. É um bocadinho irrelevante o tempo que jogam, é importante é que em cada minuto que tenham a possibilidade de estar em campo possam dar tudo o que têm. […] Fiquei muito satisfeito com a atitude de todos os jogadores.

(jogo com a Inglaterra) Não vai diferir muito do que são as características da equipa. Inglaterra, continuo a dizer, tem jogadores que, do ponto de vista individual, podem resolver qualquer partida. Claro que para nós a vitória que tivemos hoje é importante e claramente estamos numa posição anímica diferente da seleção inglesa, mas em termos de características de jogo penso que se vai manter. Jogadores com grande talento da parte da Inglaterra, com capacidade de desequilíbrio individual, com muita velocidade na frente, e nós tentaremos ser mais seguros com bola, definir melhor e manter a qualidade que tivemos hoje em termos defensivos, e em momentos de pressão, continuar a defini-los bem, porque podem ser importantes contra uma equipa como a equipa inglesa”.

- Vitinha em discurso direto: “Não fiquei surpreendido com a nossa supremacia. Sabíamos que a Croácia era uma equipa muito boa e que nos ia fazer frente. Foi o que aconteceu. Na primeira parte, não criámos tantas oportunidades, mas na segunda já tivemos bastantes e podíamos ter feito um resultado mais volumoso.

Encontrámos uma linha de cinco bem organizada e ao início não estávamos a conseguir encontrar a forma mais correta de infiltrar e de criar oportunidades. Lá corrigimos isso e passámos a entregar menos bolas, para que eles pudessem sair menos vezes para o contra-ataque. Fizemos um golo e podíamos ter feito mais, mas bastou.

Inevitavelmente, acompanhámos o resultado do outro jogo. No entanto, isso em pouco influenciou a nossa estratégia. Tínhamos de ganhar de qualquer forma e fazer um bom jogo. Estando a Inglaterra com três ou com zero pontos, quando fôssemos defrontá-los iríamos querer a vitória. É o que faremos e vamo-nos preparar para entrar com tudo.

Sabemos que se criarmos, estamos mais perto de ganhar o jogo. Temos grandes finalizadores nesta equipa, não só avançados, como médios e até defesas. Não tenho a menor dúvida de que, se não saíram [mais golos] neste jogo, sairão no próximo. O que importa é a forma como criámos as oportunidades. A falta de eficácia não nos preocupa.

Não penso que a derrota da Inglaterra nos tire qualquer pressão. Estamos aqui para mostrar o que valemos e para desfrutarmos do jogo. Temos jogadores com muita qualidade e técnica, que são capazes de estar na elite do futebol. Entrámos com tudo de forma a mostrar isso e pecámos na finalização. Para quem não viu o jogo, o 1-0 foi curto.

Sabemos que os jogos têm intervalos de dias muito curtos, mas temos de fazer o nosso trabalho para recuperar bem. Senti-me um bocado fatigado, como já não me sentia há algum tempo e acabei por ter de sair. Tal como eu, os meus colegas vão recuperar da melhor forma. Temos um vasto número de jogadores para dar o máximo lá dentro.

Mesmo que não jogasse em Inglaterra, conheceria os seus jogadores, até porque já têm um certo estatuto, mas não vou estar a individualizá-los. São jogadores muito fortes, tal como nós. Comparando com eles, alguns dos nossos ainda não deram o salto, mas têm tanta ou mais qualidade. Espero um muito bom jogo entre duas grandes seleções”.

- Diogo Queirós em discurso direto: “Foi um excelente jogo da nossa parte e estou muito orgulhoso por isso. Controlámos praticamente até ao fim, tentámos impor a nossa identidade e tivemos um grande compromisso defensivo para segurar o resultado.

Tentámos focar nesse aspeto defensivo, porque é cada vez mais um aspeto fundamental no futebol e sabemos que assim estamos mais perto de um resultado positivo. Depois, a nossa qualidade veio à tona e conseguimos desbloquear o jogo em termos ofensivos.

Quando começou o jogo, identificámos uma linha de cinco na Croácia, que ia tentar estar muito junta e defender bem. Tentámos impor aquilo que treinamos e que o ‘mister’ nos pede para fazer. Sabíamos que tínhamos de circular a bola rápido e ter paciência.

[parceria com Diogo Leite] Torna-se cada vez mais fácil e não é preciso muito treino, porque já nos conhecemos muito bem. Sabemos o que cada um pode trazer e só nos tentamos complementar ao máximo, de forma que a dupla seja o mais perfeita possível.

Há sempre aspetos para melhorar e nunca estamos satisfeitos com aquilo que fazemos. Vamos sempre à procura de mais e iremos trabalhar para aparecer ainda melhores no jogo contra a Inglaterra, com a mesma consistência, mas tentando fazer mais golos”.

- Fábio Vieira em discurso direto: “Foi um jogo difícil. Sabíamos que íamos encontrar dificuldades, uma vez que eles têm bons jogadores. Tivemos que nos manter fiéis a nós próprios e ao nosso estilo de jogo para conseguir ganhar os três pontos. Sabíamos que tínhamos de ter muita paciência com bola para conseguir desmontar a Croácia. Eles estavam muito fechados lá atrás e à espera do nosso erro. Tivemos de manter a paciência e circular bem a bola e rápido para conseguir chegar ao golo. São maneiras diferentes de viver o jogo quando se começa de início ou do banco. Duas perspetivas diferentes, mas com o mesmo objetivo, que é ganhar no final.
Fundamentalmente, temos de melhorar um bocadinho o processo ofensivo, porque em termos defensivos estivemos muito bem. Não foi um jogo tão bem conseguido da nossa parte face àquilo que estamos habituados e à qualidade que queríamos pôr no jogo. Iremos trabalhar isso e de certeza que nos próximos jogos vai começar a sair tudo”.
 
- Dany Mota diante do discurso direto: “Sabíamos que era um jogo difícil, tal como os dois próximos. É preciso continuarmos a estar concentrados e dar uma resposta desde o primeiro minuto. Acho que entrámos bem e acabou por ser uma vitória merecida. O lance do golo foi natural. Mal recebi a bola, vi o movimento do Fábio Vieira a entrar por dentro dos defesas. Felizmente, a bola entrou nesse espaço e foi um bom golo, que veio desbloquear um jogo que estava a ser muito difícil. Estamos muito felizes por isso.
Sabíamos que, se rodássemos a bola de um lado para o outro, a equipa adversária iria ter dificuldades com o desenrolar dos minutos. Foi o que se passou. Entrámos fortes e com intensidade nas duas partes e lá acabou por surgir o golo. Fizemos um grande jogo e só nos faltou mais finalização. Esperamos que contra a Inglaterra possamos ser mais eficazes e que isso nos facilite ainda mais a vida. Há que dar continuidade àquilo que temos vindo a fazer.
[Opções no ataque] Temos bons atacantes, mas não se pode falar muito em concorrência. Qualquer um que jogue dá o seu melhor. Estamos aqui para um único objetivo, que é ganhar jogo a jogo para ajudar a equipa. Essa é a nossa mentalidade de grupo”.
 

 

 

 

 Fonte: FpF.PT

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