A Associação de Jovens de Brinches, o Grupo Desportivo e Cultural da Baronia e o Núcleo Sportinguista de Moura são os três clubes que estão a disputar o chamado Torneio de Retoma, em futsal. Uma destas equipas será a representante da Associação de Futebol de Beja na Taça nacional.
Texto e Foto Firmino Paixão
O jogo entre a Associação de Jovens de Brinches e o Grupo Desportivo e Cultural da Baronia marcou a arranque do designado Torneio de Retoma, em futsal, prova organizada pela Associação de Futebol de Beja para apurar o seu representante na Taça nacional. A partida disputou-se no pavilhão municipal do Parque Desportivo da cidade de Serpa e terminou com o triunfo do Baronia por 4-2.
“Dominámos o jogo do princípio ao fim”, comentou Miguel Carvalho, treinador do Baronia, segundo o qual a equipa adversária acabou por fazer dois golos “quase fortuitos”, em resultado de “erros” defensivos. “Acho que o resultado de 4-2 peca por escasso porque tivemos muito mais oportunidades para marcar, mas acho que a vitória encaixa bem na nossa equipa, por tudo o fizemos ao longo do jogo”.
No lado contrário, João Miguel, treinador do Brinches, refere: “Esta competição surgiu um pouco à pressa, fizemos apenas um treino e, mesmo assim, na segunda parte, tivemos oportunidades, pelo menos, para conseguirmos chegar ao empate”. O técnico considera, contudo, que esta foi “uma luta desigual” entre as duas equipas: “Eles competem há muitos anos e nós iniciámos as competições no ano passado e com algumas dificuldades. Só podemos treinar duas noites por semana… gostava de fazer três treinos, porque há processos que necessitam de mais tempo, mas hoje tivemos azar. Já com o 4-2, vimos duas bolas bater nos postes".
Já Miguel Carvalho fez questão, também, de sublinhar que o Baronia defrontou uma “uma equipa muito aguerrida” e explica: “Já tínhamos feito um jogo de treino com eles e também foi muito disputado. A equipa de Brinches tem jogadores experientes e muito competitivos, fazem-nos correr e trabalhar muito a bola. No jogo de treino fomos apanhados um bocadinho de surpresa, mas hoje vínhamos mais preparados para essas dificuldades”.
Os dois técnicos lamentam a não realização do campeonato distrital, do qual a Casa do Benfica de Castro Verde desistiu. Miguel Carvalho acrescenta: “Nós ambicionávamos disputar o campeonato distrital, estivemos preparados, em janeiro, quando o campeonato se deveria ter iniciado. Tínhamos a equipa na máxima força. Com estas paragens, a forma dos atletas acaba por ser afetada, porque o tempo de paragem foi muito longo e agora reflete-se um pouco no aspeto físico”.
João Miguel está em linha com a mesma ideia: “Gostava que tivesse acontecido o campeonato, tínhamos a equipa melhor preparada, com outra capacidade, e neste momento notam-se algumas dificuldades”.
A próxima jornada, a realizar na noite de hoje, dia 28, em Moura, oporá o Núcleo Sportinguista local à Associação de Jovens de Brinches, cujo técnico avalia o adversário, em declarações ao “DA”: “Vamos jogar (hoje) com uma equipa bastante forte… vi-os jogar no ano passado, é uma equipa bem trabalhada e o jogo será muito difícil para nós. Depois, acabamos esta participação, faremos ainda um jogo amigável, com uma equipa que vamos convidar, e pensaremos na próxima época, porque, se ficarmos com estes jogadores, e mais três ou quatro reforços, ficaremos com uma equipa muito forte”.
De resto, adiantou ainda João Miguel, a freguesia “está muito limitada em termos populacionais, mas os jovens não estão virados para isto, temos cinco atletas da aldeia, os restantes são da região. É uma tarefa muito difícil, mas acredito que, quando o público regressar, o número de equipas aumentará”.
Já quanto ao objetivo de participação na Taça Nacional é taxativo: “Pelo que me disseram, quem participará na Taça será o Baronia, não sei porquê. Os jogos têm que se fazer mas, provavelmente, serão eles a ser indicados”.
Miguel Carvalho confirma: “Temos essa ambição. Fazemos apenas dois jogos para decidirmos essa qualificação para a Taça nacional, mas também não conheço o regulamento dessa prova, não sei se alguma equipa tem condições para lá estar, é preciso ter treinadores qualificados, ter fisioterapeutas, e nós, se calhar, seremos a única equipa que reúne esses requisitos. O Moura também tem essa ambição, mas não sei se irá conseguir, em tempo útil, reunir essas condições. O Brinches já abdicou, independentemente dos resultados. Se ganharmos ao Moura as coisas ficam resolvidas; se o Moura vencer, teremos que ver se assumem essa disposição, senão, estaremos cá para representar a Associação de Futebol de Beja”.
Antes, daqui a oito dias, o Baronia receberá o Núcleo Sportinguista de Moura, no fecho deste mini torneio a uma volta. “É o campeão em título, uma equipa muito experiente, com atletas que estão juntos há muitos anos. Vamos tentar ganhar ao Moura, não temos conseguido isso ultimamente, de há duas épocas a esta parte, eles têm tido alguma hegemonia, têm sido jogos muito complicados, mas sempre muito competitivos”, esclareceu Miguel Carvalho. “Nós, este ano, introduzimos muitos elementos novos na equipa, jogadores que eram da forma formação, três ou quatro ainda Sub/20, uma mescla de experiência e juventude, mas mais juventude, uma média de idades dentro dos 23 anos, não fosse o capitão, que já tem 40 anos, a média seria baixíssima”, concluiu.
Fonte: https://diariodoalentejo.pt/
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