O Grupo Desportivo e Cultural de Baronia é o novo campeão distrital de futsal da Associação de Futebol de Beja. O título foi discutido ‘à melhor de três’ e os campeões, que perderam o primeiro jogo em sua casa, venceram os dois seguintes no pavilhão municipal da cidade de Moura.
Texto Firmino Paixão
Uma reta final de campeonato muito emotiva e cheia de incertezas. O Núcleo Sportinguista de Moura terminou a fase regular no primeiro lugar mas, nos ‘play-offs’, depois de ter ganho em Alvito (1-0) sofreu duas derrotas consecutivas no seu próprio pavilhão (2-4 e 1-3) e viu o Baronia erguer o troféu de campeão distrital. No final da partida, o treinador dos novos campeões, Miguel Carvalho, disse ao “Diário do Alentejo” que “esta época, perdemos três vezes com o Núcleo mas, nos confrontos que decidiam o campeonato fomos felizes, mas também fizemos por isso e acabámos por conquistar o título em casa do adversário”. O técnico recordou:
“Tínhamos perdido em casa, num jogo repartido, no segundo jogo aqui em Moura tivemos sempre a partida mais controlada, estivemos a ganhar quase sempre por dois golos de vantagem, e hoje estivemos a vencer dois a um bastante tempo, é um resultado sempre ingrato, porque o tempo parece que nunca mais acaba, mas a minha equipa está de parabéns, contudo, considero que, se este título ficasse em Moura, o Núcleo também seria um justo vencedor, por tudo aquilo que eles têm feito”.
Miguel Carvalho assume que o Baronia e o Núcleo Sportinguista de Moura são, sem dúvida, as duas melhores equipas deste campeonato e considera que a sua equipa foi feliz no jogo decisivo.
“Acho que a vitória podia ter caído para qualquer das equipas, mas fomos nós os bafejados, não digo pela sorte, porque a sorte dá muito trabalho e nós procurámos essa sorte trabalhando sempre à procura dos melhores resultados, mas acho que somos uns justos vencedores deste campeonato”.
Quanto à importância desta conquista, Miguel Carvalho confessou que “o maior significado para mim é que 80 ou 90 por cento deste plantel é oriundo da nossa formação, aí é que está a essência e o sabor deste título. Tem sido um trabalho de muitos anos e muitos destes jovens, jogando pela primeira vez nos seniores, já são campeões”.
O compromisso imediato do Baronia é a meia-final da Taça Distrito de Beja (com o Aldenovense), competição que o técnico também anseia ganhar, preconizando que “muito dificilmente não repetiremos este jogo na final da Taça, mas a taça é diferente, a decisão será só num jogo, depois temos também a Taça Alentejo e não sei se acontecerá a Supertaça, porque os prazos estão a ficar muito curtos”.
Nuno Gaspar, técnico do Núcleo Sportinguista de Moura não escondeu a desilusão, revelando que “perder um campeonato desta forma tem sempre um sabor amargo. Este ano o campeonato mudou de figurino, normalmente era disputado apenas numa fase regular, momento competitivo que nós concluímos em primeiro lugar e só com vitórias, ganhando, inclusivamente, por duas vezes, ao Baronia, mas esta época foram introduzidos os ‘play-offs’. Sabíamos todos que seria assim, não foi surpresa”, por isso, justifica este insucesso como incidências do próprio jogo.
“Conseguimos uma primeira vitória fora de casa e ficámos com a sensação de que poderíamos vencer em casa mas, na segunda mão, o Baronia fez aqui um jogo extraordinário, e o jogo de hoje foi diferente, penso que fomos superiores, tivemos mais controle, mais oportunidades, estivemos por cima, mas pronto, fica, de facto, esse sabor amargo e a sensação de que as coisas nos podiam ter corrido muito melhor”.
Sobre a maior ou menor justiça na vitória do Baronia, Nuno Gaspar considerou que “quando se entrega um título não se pode dizer que não exista justiça, estiveram aqui as duas melhores equipas deste distrito, mostraram porque têm esse estatuto e mostraram aquilo que o futsal pode ser aqui nesta região, mas sabemos que, com duas equipas deste nível, qualquer delas pode vencer, dependendo sempre das incidências do jogo. Os resultados dos nossos jogos foram quase sempre equilibrados, mas qualquer destas equipas é capaz de, num dia bom, golear a outra equipa”. Contudo, considerou que “os meus jogadores foram extraordinários, tenho que lhes deixar o meu reconhecimento, tivemos alguns atletas a jogar condicionados mas que deram tudo e fizeram tudo o que podiam ter feito”.
A equipa joga hoje a meia-final da Taça Distrito (com a A.J. Brinches) e sobre a sua eliminação da Taça Alentejo, deixa um reparo: “Ficámos em segundo lugar, o Mourão venceu o grupo e vai estar na ‘final-four’ onde estará também o Baronia sem ter jogado uma única partida, por desistências das outras equipas, mas penso que as associações deviam ter atempadamente reorganizado a competição”, concluiu.
NS MOURA 1 GDC BARONIA 3
Pavilhão Municipal de Moura
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Ao intervalo: 1-2Árbitros: Ricardo Diogo, Cristiano Bexiga e Mário Burrica (cronometrista).Disciplina: amarelos a Daniel Batista, José Navas e João Monte.Marcadores: João Monte (0-1), Gonçalo Moita (1-1), José Miranda (1-2) e José Miranda (1-3.
Fonte: https://diariodoalentejo.pt
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