O Despertar Sporting Clube organizou a primeira edição do “Torneio Rodrigo Viola”, uma justa homenagem a um atleta formado no clube que, depois de ter ingressado no Sporting Clube de Portugal e, à beira dos 16 anos, já tem no seu palmarés 14 internacionalizações.
Texto Firmino Paixão
Juventude de Évora, Sporting de Viana, União de Santiago e Ourique Desportos Clube foram os emblemas que se associaram ao Despertar Sporting Clube para disputarem o ‘1.º Torneio de Benjamins Rodrigo Viola’, evento que, no último fim de semana, decorreu no Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja. Um entre as muitas dezenas de miúdos que, neste convívio, fizeram o gosto ao pé, foi o Tomás Correia, revelando uma ambição que quase não cabe nos seus seis anos de idade: “Estou pelo segundo ano neste clube, o futebol é o meu desporto preferido, estou aqui muito bem”.
O jovem, guarda-redes, confessou: “Tenho ouvido falar no Viola, mas ainda não o conheço”. Embora desconheça o percurso do Rodrigo, o Tomás gostava, claro, de lhe seguir o exemplo. “Gostava de ser jogador profissional, espero consegui-lo”. Os compromissos académicos não iriam ficar de lado, assegurou, até porque “também gostaria de ser veterinário, ou uma coisa assim, mas se não der, também gostava de ser mergulhador”. E o Tomás lá ficou mergulhado nos seus sonhos, enquanto, junto do presidente do Despertar, Jorge Martelo, identificámos os propósitos do torneio. “É o reconhecimento daquilo que o Rodrigo deu ao Despertar. Não podemos esquecer que, durante todo o historial deste clube, ele foi o primeiro jogador internacional com o símbolo do Despertar, é precisamente isso que tentamos hoje reviver, homenageando um atleta que muito contribuiu para a evolução e valorização deste clube, então, a forma que entendemos justa foi, numa primeira fase, organizar um torneio na categoria em que o Rodrigo exatamente aqui se iniciou. Foram estas as suas bases e isso justifica que ele seja o padrinho deste torneio”.
Um evento cheio de promessas, alguns já talentos mais ou menos revelados, por certo, todos com os olhos postos na carreira do Viola. “Sem dúvida” – concordou o líder do clube – “Quando o Rodrigo Viola saiu do Despertar, já alguns destes miúdos cá estavam, portanto, esses conhecem-no, sabem das suas facetas, porque o acompanham através da televisão e, certamente que será com muito prazer que estes jovens atletas o veem com o símbolo do Sporting ou com o da nossa seleção. Será, por certo, uma referência para todos eles”. Sobre o momento da organização e o necessário consenso que se reuniu em torno da homenagem ao jovem internacional bejense, Jorge Martelo admitiu que foi consensual. “Nós tentámos equilibrar o patamar em relação àquilo que é o Rodrigo Viola e daquilo que foi a sua formação como atleta do nosso clube, por isso, entendemos que os melhores escalões para o fazer seriam os da base. Claro que reconhecemos que existe muita gente que merece ser homenageada, algo que, aos poucos, iremos fazendo”. Depois o dirigente lembrou que “perdemos a ‘Gala do Centenário’, era momento onde queríamos aproximar toda a família “despertariana”, homenageando todos aqueles que contribuíram para aquilo que é o Despertar nos dias de hoje.
Infelizmente a pandemia não o permitiu, por isso, vamos fazendo-o aos poucos, posso até adiantar que, no próximo fim de semana, será homenageado o nosso sócio número um, o empresário António Chícharo, recentemente falecido. Gostaríamos de o ter feito em vida mas, infelizmente, não foi possível mas, através destes pequenos/grandes eventos que iremos organizando, vamos reconhecendo o mérito das figuras do Despertar no passado”.
O presidente do Despertar Sporting Clube fez também questão de justificar a presença dos clubes que competiram no torneio, referindo que “tentámos diversificar e retribuir convites que estes clubes nos têm feito para que as nossas equipas participem nas suas organizações, e essa foi também uma forma de lhes dizer obrigado e de dar a conhecer a realidade do que foram as raízes do Rodrigo Viola, porque o convívio, nestas idades, é o mais importante, os resultados desportivos não interessam para nada. Temos ali a nossa Escolinha de Ciclismo, onde estão a decorrer atividades, temos a mesa de teqball, outras atividades para que os miúdos se possam divertir e desenvolver as suas qualidades nas diversas vertentes”.
Quanto à prestação das diferentes equipas na época que agora está a terminar, Jorge Martelo admitiu que “não foi fácil. O Despertar é um comboio muito grande, com a pandemia parámos completamente e agora, para repor tudo em movimento, à velocidade que nós queremos, levará o seu tempo. Mas sabemos qual o caminho que queremos percorrer. Esta época, em alguns escalões, de facto, as coisas não correram bem, noutros correram acima daquilo que esperávamos, por isso, queremos que a próxima época seja realmente o ano do Despertar Sporting Clube” concluiu o presidente do emblema que, no último fim de semana, se sagrou Campeão Distrital de Infantis (Futebol de 9).
Fonte: https://diariodoalentejo.pt/
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