A formação vai continuar a ser a aposta do Mineiro Aljustrelense no horizonte mais próximo, assume ao “CA” o novo presidente do emblema da “vila das minas”, Ricardo Galope, que sucede no cargo ao demissionário Emídio Charrua.
O ex-presidente demitiu-se em agosto e, na passada semana, em Assembleia Geral extraordinária, os associados do Mineiro Aljustrelense ratificaram a passagem do vice-presidente Ricardo Galope para a liderança, possibilidade que está prevista nos estatutos do clube.
“Os estatutos dizem que, em caso de demissão do presidente, pode subir [ao cargo] um dos três vice-presidentes e a atual direção, se tiver um mínimo de seis diretores, continuar em funções e terminar o mandato. Em reunião de direção, os meus colegas concordaram e avançamos para a Assembleia Geral [a 15 de setembro], onde isso foi discutido e aprovado”, explica Ricardo Galope.
O agora presidente do Mineiro Aljustrelense assume que, apesar desta mudança diretiva, o projeto do clube, “no essencial, vai-se manter”, com uma “forte aposta no futebol juvenil”.
“Quando a direção do Rui Saturnino [presidente entre 2018 e 2021] entrou – e da qual eu fazia parte – tínhamos à volta de 40 e poucos miúdos inscritos. Passados cinco anos dessa primeira eleição, temos à volta de 150 miúdos. E equipas em todos os escalões da formação”, observa Ricardo Galope.
O presidente dos “tricolores” diz mesmo que o plantel sénior desta temporada até já foi montado “a pensar nos juniores”. “É um plantel curto precisamente para ser ‘alimentado’ pelos juniores, para finalmente termos mais miúdos e mais gente da terra a jogar no Mineiro”, reforça.
E que ambições traça Ricardo Galope para a temporada 2022-2023 no que aos seniores do Mineiro Aljustrelense diz respeito? “Com todo o respeito que os nossos adversários nos merecem mas queremos ser campeões, pois isto é o Mineiro. E o Mineiro tem de ser sempre campeão distrital”, responde taxativamente.
Ricardo Galope está ligado há vários anos ao Mineiro Aljustrelense, primeiro como jogador e mais recentemente como dirigente, mas garante que nunca pensou vir a ser presidente do clube.
“Nunca me passou pela cabeça ser presidente do Mineiro… Nunca fez parte dos meus planos e nunca tinha pensado nisso até àquela assembleia geral em que me desafiaram”, diz ao “CA”.
Agora, assume, “o tempo é de trabalhar”, reconhecendo que o maior desafio é mesmo contrariar a falta de “recursos humanos”. “É muito complicado, pois somos poucos. Por isso, na assembleia geral, o apelo que fiz passou basicamente por aí, ou seja, para trazerem pessoas para nos ajudar, pois somos muito poucos”, diz.
Quanto à situação financeira do clube, Ricardo Galope garante que não existem dívidas e ainda há “subsídios por receber”. “Ou seja, a situação está estável e até diminuímos o orçamento no futebol sénior, porque temos que seguir a realidade que se vive no futebol distrital. Mas dentro das nossas limitações construímos um plantel à imagem do clube, com um treinador com quem nos identificamos. Acho que temos muito boa equipa”, conclui.
Fonte: https://correioalentejo.com/
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