Depois de ter garantido a manutenção e chegado à final da Taça do
Distrito de Beja em 2021-2022, técnico do Renascente de São Teotónio
entra na nova temporada com a ambição de ficar na primeira metade da
tabela classificativa.
Que ambições tem o Renascente para 2022-2023?
Queremos tentar fazer um pouco melhor, pois só assim é que faz sentido
andarmos aqui. E o nosso objetivo este ano é claramente chegar aos seis
primeiros [classificados] e na segunda fase disputar o grupo de subida.
Esse é o principal objetivo do Renascente!
Para evitar andar a "fazer contas" na segunda fase
Evitar andar a "fazer contas" e também porque quem entra nos seis
primeiros acaba por ter jogos mais competitivos, por onde passam as
principais decisões do campeonato, e o Renascente com a massa
associativa que tem penso que merece e faz sentido ter equipa para
estar nesta fase.
Na Taça do Distrito de Beja será possível repetir a presença na final?
Digo o que disse no início da época passada, ou seja, as ambições de
equipas como o Renascente passam sempre pelo sorteio, que é uma
condicionante para chegar longe ou não.
No final da última época assumiu que era necessário construir o
plantel mais atempadamente, ao contrário do que sucedeu em 2021-2022.
Foi isso que aconteceu? Está satisfeito com o grupo que tem às suas
ordens?
Este ano procurámos não repetir os erros da época passada, que foi
começar muito tarde a construir o plantel. Uma das condicionantes que
pedi à direção relativamente ao plantel tinha a ver com os jogadores da
região. Independentemente do valor e da qualidade que têm, há poucos
jogadores. E os jogadores têm tendência a não ter compromisso, derivado à
família e outras razões. Tenho falado com muitos treinadores de outras
zonas do Alentejo e todos sentimos a mesma dificuldade. Daí termos
optado por tentar contratar alguns jogadores brasileiros, porque
torna-se mais fácil [trabalhar]. Dentro dessa perspetiva, conseguimos
que viessem para o nosso plantel seis jogadores [brasileiros], mas
apareceu uma nova lei na AFBeja para a inscrição de jogadores
estrangeiros, tendo-se tornado muito difícil inscrever jogadores
estrangeiros. Temos pendente a inscrição de dois jogadores derivado a
essa nova lei. Outro fator é que a nossa equipa do ano passado era
constituída por 18 jogadores e continuam 15 esta época, o que revela um
extraordinário trabalho da direção ao longo do ano. Por isso, com os 15
que continuaram e mais sete que vieram, temos um plantel com 22
jogadores, o que é bom. Depois de inscrevermos estes dois jogadores
brasileiros fico com um plantel muito bem equilibrado e uma equipa muito
boa. Por isso, serviu de emenda o que não fizemos o ano passado!
Esta época há três equipas do concelho de Odemira, com Odemirense e Praia de Milfontes a juntarem-se ao Renascente. É positivo?
Acho que sim, é mais do que positivo! Porque demonstra a forma como se
trabalha neste concelho e como os dirigentes destes clubes encaram o
futebol. Repare que no ano passado as equipas deste concelho "deram
cartas" no futebol do distrito: o Renascente foi à final da Taça [do
Distrito de Beja], o Odemirense foi campeão da 2ª divisão e o Praia de
Milfontes ficou logo atrás e também subiu. Isto nos seniores! Duvido que
algum concelho tenha alguma vez visto as suas equipas ter tanto sucesso
numa época só. Os próprios miúdos do Odemirense foram campeões
distritais de Iniciados e subiram ao nacional. Isto revela a forma como
os três clubes trabalham bem. Daí dizer que é mais que benéfico para o
concelho ter três equipas na 1ª divisão. E também serve para
"descentralizar" o futebol distrital da zona de Beja, pois no ano
passado sentimos muito "na pele" estarmos longe da zona de Beja,
sobretudo nos jogos à quarta-feira à noite.
Como antevê o campeonato da 1ª divisão de Beja em 2022-2023?
Acho que vai ser um campeonato muito mais equilibrado que o ano passado.
Há uma série de equipas que se reforçaram bem, outras nem tanto, daí
que pense que o campeonato vá ser mais equilibrado.
Fonte: http://www.jornalsudoeste.com/
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