Estive hoje presente em mais um dia da Semana da Psicologia na Escola Superior de Desporto de Rio Maior e um convidado comoveu-me, refiro-me a Pepa, um jogador a quem o descontrole emocional provocado pelo deslumbramento em que o futebol é fértil, principalmente nos mais jovens, acabou a carreira de forma inglória. Sendo o futebol um desporto de massas, de emoções, e vivendo hoje numa época onde predomina a vaidade, a ostentação, muitos jovens perdem-se pelo caminho duro e longo de um trajecto de jogador de futebol profissional á custa do seu elevado ego e esquecimento pela tarefa. Freud (1923) considerou que o nosso aparelho psíquico é constituído por três instâncias, o ID, o Ego e o Super Ego, o Ego é o intermediário entre o desejo e a realidade e estrutura-se como uma etapa de adaptação evolutiva do sujeito. Muitas vezes essa evolução não é acompanhada por um forte suporte e o jogador vive uma realidade diferente, de um momento para o outro torna-se conhecido, é um ídolo para todos, tem acesso a dinheiro, carros, mulheres, noite, deixa de viver a realidade da sua profissão. Esse caminho irá leva-lo ao afastamento da tarefa principal, ser profissional de futebol. Se olharmos um pouco para traz são muitos os casos de atletas com enorme qualidade que não vingaram por essas razões, mas eu deixo uma pergunta, pode um atleta aos 12 anos, deixar a sua família, ir atrás de um sonho para uma cidade distante, pode ele singrar no futebol se não tiver o devido acompanhamento por parte do clube em todos os aspectos principalmente sociais e afectivos?
Fonte: João Prates http://joaopratestreinadorfutebol.blogspot.com/
Fonte: João Prates http://joaopratestreinadorfutebol.blogspot.com/
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