Esta noite, no Estádio Olímpico de Kiev, Espanha goleou Itália por 4-0 e conquistar o seu terceiro Campeonato da Europa. David Silva, Jordi Alba, Fernando Torres e Juan Mata marcaram os golos.
Eis a constituição das equipas:
Espanha
Nas meias-finais, “La Roja” deixou Portugal pelo caminho, após um 0-0 no final do prolongamento e 4-2 nas grandes penalidades.
Se
a Espanha vencer, tornar-se-á a primeira seleção a conquistar dois
campeonatos da Europa seguidos e igualará a Alemanha com três triunfos
na competição.
Fernando Torres (2), Fàbregas (2), Xabi Alonso (2), David Silva e Jesús Navas marcaram os golos de Espanha na competição.
Itália
Na semifinal frente à Alemanha, os transalpinos venceram por 2-1, com um “bis” de Balotelli.
Em
caso de vitória, será o segundo Europeu dos transalpinos, 44 anos
depois… curiosamente, os espanhóis também demoraram exatamente esse
tempo na segunda conquista.
Balotelli (3), Di Natale, Pirlo e Cassano apontaram os golos da “squadra azzurra” na competição.
10’ Xavi combinou com Fàbregas e rematou em zona frontal à entrada da área por cima.
A Espanha começou melhor, com mais posse de bola e povoando com por mais tempo e com mais unidades o meio-campo adversário.
14’
Iniesta passou a Fàbregas nas costas de Chiellini, e o falso
ponta-de-lança espanhol assistiu David Silva que de cabeça deu vantagem à
“La Roja”.
21’ Balzaretti rendeu o lesionado Chiellini.
33’ Servido por Pirlo, Cassano rematou para defesa de Casillas.
Itália ia crescendo na partida, ainda que sentisse dificuldades em fazer chegar a bola aos dois avançados.
41’
Xavi progrediu no terreno com o esférico controlado e espero pelo
“timing” certo para o colocar entre Abate e Bonucci onde Jordi Alba
isolado fez o 2-0.
44’ Montolivo testou os reflexos do guarda-redes espanhol.
A
final foi para intervalo dando a imagem que “La Roja” estaria a 45
minutos de levantar o troféu. A pressão exercida sobre Pirlo dificultou a
construção de jogo dos transalpinos, obrigou que Montolivo descesse
para receber a bola e que outros jogadores fugissem das suas zonas para
ajudar a esse processo, partindo assim a equipa que tinha dois homens na
frente (Cassano e Balotelli), que raramente tiveram possibilidades de
dar alguma criatividade à sua formação.
No interregno, Cesare Prandelli trocou Cassano por Di Natale.
46’ Abate cruzou para Di Natale que cabeceou por cima.
47’ Fàbregas ganhou espaço a Barzagli e em zona frontal rematou ao lado.
51’ Montolivo serviu Di Natale, mas Casillas negou-lhe o golo por duas ocasiões.
56’ Montolivo cedeu o seu lugar a Thiago Motta.
59’ David Silva foi rendido por Pedro.
62’
Thiago Motta, que tinha entrado pouco tempo antes, lesionou-se na coxa e
saiu da partida, reduzindo a sua selecção a dez unidades.
A Espanha tinha o jogo controlado e circulava a bola tranquilamente entre os seus jogadores à espera do apito final.
75’ Fernando Torres substituiu Fàbregas.
A “squadra azzurra” parecia conformada com a derrota.
84’ Iniesta desmarcou Torres, que com classe fez o 3-0.
87’ Juan Mata entrou para o lugar de Iniesta.
88’
Xabi Alonso com um passe longo mas rasteiro isolou Torres, que não foi
egoísta e serviu Mata que ampliou ainda mais a vantagem.
Sem
mais ocorrências até final, a Espanha conquistou o seu terceiro
Campeonato da Europa (igualando a Alemanha), sendo o seu segundo
consecutivo, algo que nunca uma selecção tinha feito.
“La
Roja” entrou melhor na partida, povoou o meio-campo adversário, fez uma
pressão muito alta, incidindo sobretudo no principal construtor
transalpino, Pirlo, e ainda no primeiro quarto de hora inaugurou o
marcador.
Com
o tempo, a Itália foi crescendo na partida, ainda que sentindo
bastantes dificuldades para fazer ligar os seus sectores, especialmente
porque com Pirlo bastante vigiado, foi Montolivo e até os próprios
Marchisio e De Rossi a baixarem no terreno para construir, o que criou
um buraco enorme entre o meio-campo e o ataque.
Perto
do intervalo, Xavi finalmente mostrou o melhor de si no EURO 2012,
progrediu no terreno e com o “timing” exacto isolou Jordi Alba que fez o
2-0.
A
“squadra azzurra” ainda tentou ripostar no início do segundo tempo, com
a entrada de Di Natale, no entanto, com o tempo, a lesão de Thiago
Motta e a impossibilidade de fazer mais substituições, os italianos
entregou-se à Espanha, conformou-se com a derrota e a partir daí só deu
“La Roja”, que com muita circulação de bola e mais dois golos, esperou
tranquilamente até ao apito final.
Analisando os atletas em campo, começando pelos da Espanha…
Casillas
mostrou-se muito forte nas saídas aos cruzamentos, Arbeloa fechou bem o
seu lado e quando necessário subiu no terreno, Piqué e Sergio Ramos
foram praticamente intransponíveis e Jordi Alba deu sempre muita
profundidade ao seu flanco esquerdo, tendo marcado o 2-0.
Xabi Alonso e Busquets, sem se dar muito por eles, compensaram muito bem a subidas de médios e laterais.
David
Silva esteve furos acima de jogos anteriores, inaugurando o marcador,
Xavi finalmente mostrou todo o seu valor neste EURO 2012, com uma grande
assistência, e Iniesta voltou a fazer das suas a partir do flanco
esquerdo, assistindo Torres no 3-0.
Fàbregas foi um falso ponta-de-lança que fez o cruzamento para o 1-0.
Fernando
Torres, em quinze minutos em campo, marcou e deu a marcar, Pedro ajudou
no “tiki-taka” e Juan Mata ainda entrou a tempo de colocar o seu nome
na lista dos marcadores.
Quanto aos jogadores de Itália…
Buffon
não teve hipóteses nos golos sofridos, Abate, Barzagli, Bonucci,
Chiellini e posteriormente Balzaretti foram descoordenados e impotentes
face à qualidade dos adversários.
Pirlo,
sempre muito pressionado, não conseguiu construir jogo, e não conseguiu
dar o seu melhor contributo nas bolas paradas, Marchisio e De Rossi não
conseguiram ligar sectores e tiveram de recuar para ajudar na
construção, um pouco tal como Montolivo que não conseguir ser o
“maestro” de outras ocasiões.
Cassano e Balotelli estiveram apagados, mas foram raras as vezes que tiveram boas oportunidades para mostrar o seu valor.
Di
Natale entrou bem mas depois quase nunca lhe chegaram em condições
oportunidades para reduzir a desvantagem, e Thiago Motta praticamente
entrou em campo, lesionou-se e saiu.
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