Ouviu-se no pretérito sábado, pelas 15 horas, o tiro de partida para a época futebolística 2013/2014 na AF Beja. Os clubes primodivisionários apresentaram as suas tribos e o povo da bola agradeceu. O momento, como é evidente, não passa por entrar no campo das grandes euforias, tão-pouco por deitar a toalha ao chão perante o inesperado desaire, leia-se derrota, quando a procissão ainda nem saiu da igreja. Mandam as regras que a atrevida ousadia em colocar-se um eventual candidato no púlpito nesta fase é, para já, um atrevimento absurdo. Não sendo mago na matéria, admito, no entanto, que conheço religiosamente estas aventuras desportivas. Por uma questão de ética e de princípios, não ouso brotar palpites com apenas 90 minutos jogados. Tanto mais que a máquina de calcular, a que joguei ocasionalmente a mão, diz-nos que faltarão disputar 2 250 minutos. Uma eternidade. Nada se ganhou, nada se perdeu. Não há vencedores nem vencidos antecipados. Admito, porém, que a qualidade dos plantéis é variável. Certo. Os responsáveis, alguns, investiram no mundo dos sonhos. Outros jogaram com os meios de que dispõem. Soou a hora de traçar objetivos. Uns recusam fantasiar, outros mostram-se ávidos do sucesso. Catorze equipas seniores do distrito de Beja formam o esquadrão-mor da primeira divisão regional bejense. Ficará a certeza que só um se sagrará campeã. Outras deparar-se-ão com a titânica luta pela manutenção. A talho de foice impõe-se trazer à estampa a componente dos juízes de campo. O conselho de arbitragem da AF Beja procura, tal como sempre o fez, dignificar o comportamento dos seus filiados ao longo da temporada. Acredito justamente nas suas preces. Preces que invocam, em meu entender, que nem todos os filiados são avaliados pela bitola da excentricidade do saber puro. Remedeiam. Aplaudo a sua entrega. A hora é, com equidade, de enaltecer o regresso do futebol à nossa região.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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