As seleções de Lisboa e Setúbal apuraram-se para a fase final do Torneio Interassociações de Futsal Sub/17, cuja zona sul se disputou em Beja e Serpa. As equipas de Aveiro e Braga serão as outras finalistas.
Texto e fotos Firmino Paixão
Confirmou-se o ceticismo quanto à participação da seleção bejense neste Torneio Interassociações, desde logo, quando se tornou público o seu enquadramento num grupo com as equipas de Lisboa e Leiria. Os escalões de formação dão os primeiros passos na região e essa fragilidade ficou patente nas exibições produzidas pelo conjunto sul alentejano que foi goleado nos dois primeiros jogos (sofreu 19 golos), perdendo ainda com Santarém e evitando o último lugar, com uma vitória tangencial (3-2) sobre a equipa de Évora, no quarto, e último jogo, que disputou. Dir-se-á, com alguma resignação, que esta vitória sobre os eborenses cumpriu a meta proposta ao jovem conjunto que tinha como base a equipa do Desportivo da Baronia.
Lisboa e Setúbal foram as únicas equipas totalistas em vitórias, por isso, justamente qualificadas, em conjunto com Aveiro e Braga (apurados na zona norte, que decorreu na Guarda) para a grande final nacional.
O diretor técnico nacional da Federação Portuguesa de Futebol, Silveira Ramos, assistiu aos jogos e, em declarações ao “Diário do Alentejo”, considerou: “Estes torneios têm o duplo objetivo de observação de atletas e também de fomento da sua participação em torneios onde está a nata dos jogadores de cada uma das idades. Nesse sentido, podemos dizer que cumpriu os objetivos, porque vimos jogos interessantes, os miúdos envolveram-se com muita intensidade e isso deu competitividade ao torneio”.
Instado a pronunciar-se sobre a forma como se edifica o futsal, Silveira Ramos foi perentório em afirmar: “O edifico do futsal começa nos clubes, são eles a grande célula, queremos sempre deixar essa marca e fazer essa referência, que os clubes é que são a base de tudo isto e que a qualidade apresentada pelos jovens resulta do trabalho dos clubes”. À federação, considerou ainda, “cabe dar um pequeno contributo àqueles que se destacam mais que os outros, proporcionando-lhes um espaço de aprendizagem mais aprofundado que, no fundo, se reflete também nos clubes que os jovens representam”. E o futsal está na moda? “Sim! Mas é uma boa moda. Tudo o que seja praticar desporto é uma boa moda”, acentuou o técnico nacional, acrescentando: “O futsal é uma modalidade que dá bastante conforto aos praticantes, por isso, é uma moda positiva, que está a conseguir os resultados que são conhecidos com equipas muito competitivas e ao mais alto nível e, portanto, é uma satisfação vermos que a modalidade está a cumprir o seu caminho”.
Confirmando a grande aposta da federação na massificação desta modalidade, Silveira Ramos revelou: “Pretendemos, efetivamente, que o futsal seja a modalidade de pavilhão mais praticada em Portugal. É esse o objetivo. Que se solidifique nesse estatuto, por isso, há que fazer este trabalho juntos dos jovens e dos seniores femininos”.
E lembrou: “Tem havido um investimento considerável, embora tenhamos que viver com os meios que temos porque o País não tem uma situação muito favorável para isso, mas temos conseguido pôr muita gente a praticar futsal, por isso, como referiu na sua pergunta original, o futsal é realmente uma moda porque há muita gente a tirar prazer desta modalidade”, concluiu.
Resultados dos jogos
Grupo 4
Madeira/P.Delgada, 5-3
P.Delgada/Évora, 7-4
Madeira/Évora, 4-3
Setúbal/P.Delgada, 5-0
Setúbal/Madeira, 6-1
Setúbal/Évora, 6-4
Grupo 5
Algarve/A.Heroísmo, 2-3
Santarém/Portalegre, 2-5
A.Heroísmo/Portalegre, 2-6
A.Heroísmo/Santarém, 4-2
Algarve/Santarém, 5-3
Algarve/Portalegre, 5-1
Grupo 6
Lisboa/Beja, 12-1
Beja/Leiria, 3-9
Lisboa/Leiria, 7-2
Apuramentos
Beja-Santarém, 1-3
Évora-Santarém, 1-4
Beja-Évora, 3-2
Madeira-Leiria, 1-7
Setúbal-Algarve, 6-5
Lisboa-Portalegre, 13-1
A.Heroísmo-P.Delgada, 4-5
Fonte: http://da.ambaal.pt
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