sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O óbvio

José Saúde

Hasteando o argumento sobre a temática desportiva no distrito de Beja, divagamos pelas coletividades e constatamos que, em Vila Nova de Milfontes, reside um grémio que se afirma literalmente no fenómeno desportivo: o Clube Desportivo Praia de Milfontes. No óbvio argumento que transcende o passatempo coabita um dado curioso que nos transporta a galgar fronteiras e ler, resumidamente, a história de um clube que atulha o leitor para uma divinal curiosidade. Decorria o ano de 1944 quando José António Parrinha, então com 14 anos, adquiriu uma bola em catechu e pôs em marcha o futebol na povoação. O prodígio pelo jogo fascinou uma juventude que sonhava com a prática de uma modalidade que criou raízes e se dimensionou no tempo. Em 1961, com a respetiva circunstância a implementar-se, Dom Luís, proprietário do Forte de São Clemente, ofereceu o primeiro equipamento à equipa de Milfontes. A extensiva gesta do futebol por aquelas paragens sul alentejanas é encantadora. A sua preciosidade remete-nos para o óbvio conhecimento de como as gentes de antigamente souberam tratar de um assunto que abalizou as gerações vindouras. Vejamos como se arquitetou a primeira equipa denominada os “Milfontenses”: jovens locais, entre outros veraneantes que habitualmente faziam da praia de Milfontes o seu local preferido em períodos estivais, entraram no campeonato distrital da antiga FNAT e o vício radicou-se na terra. Assim, em 1977, o Clube Desportivo Praia de Milfontes trouxe à estampa que o objetivo prioritário passava, no básico, pela competição oficial. Filiou-se na AF Beja e projetou o seu futuro. No campo Foz do Mira o onze milfontense deparou-se na década de 1990 e princípios do século XXI, com sistemáticos sobe e desce da sua equipa sénior nos campeonatos distritais, sendo a sua realidade atualmente bem diferente. O campo usufrui de um notável relvado sintético, a estrutura física e humana conquistou valores acrescentados, a equipa evolui e os resultados públicos deixam antever que o tempo resvala para a prosperidade.

Fonte: http://da.ambaal.pt

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