sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Uma época fabulosa


Outro momento histórico para o andebol da cidade de Serpa. A recente subida da equipa de seniores masculinos à 2.ª Divisão Nacional foi assinalada pelo município com uma homenagem aos atletas, técnicos e dirigentes do Centro de Cultura Popular de Serpa.

Texto e fotos Firmino Paixão

“O resultado de um trabalho continuado e persistente, feito com paixão e voluntariamente, num esforço coletivo dos dirigentes, técnicos, atletas, pais e todos os apoiantes”, considerou o executivo municipal de Serpa no voto de louvor que aprovou, por unanimidade, no passado dia 28 de setembro, dia em que toda a família do Centro de Cultura Popular de Serpa, emblema fundado em 27 de março de 1975, foi recebida no salão nobre dos paços do concelho para uma homenagem simples, mas muito digna e significativa, exultando o “êxito e o mérito do feito inédito que foi a subida à segunda divisão nacional de andebol e pela dedicação e serviços prestados no desenvolvimento e promoção do andebol e do desporto em geral no concelho de Serpa”.
O clube, os atletas e os dirigentes receberam das mãos do presidente do município, Tomé Pires, o Diploma de Reconhecimento Desportivo. O autarca começou por felicitar não só os atletas, técnico e dirigentes, como toda a família do Centro de Cultura Popular, por todo o trabalho que tem sido feito desde a sua fundação. E sublinhou: “Esta vitória, porque a subida à 2.ª divisão é uma vitória, não é obra do acaso, por isso faz todo o sentido que recuemos ao início e lembremos que todo esse trabalho que foi feito ao longo de mais de 40 anos teve aqui um momento alto, como terá tido outros, mas este foi realmente significativo”. E deixou expresso que, “dentro daquilo que for possível, porque às vezes há solicitações a que não é possível dar resposta e tentamos arranjar alternativas, nós estamos cá e, pelo menos, a primeira coisa que temos obrigação de fazer é ouvir o que nos pedem e avaliarmos se é possível devolver esse pedido com uma resposta adequada”.
Carlos Amarelinho, presidente do clube, começou a sua intervenção por “agradecer todo o empenho e esforço da Câmara Municipal de Serpa ao longo destes anos”, confessando que “não nos cansamos de o reconhecer em todas as circunstâncias”. E olhou para o passado para recordar que “o sucesso desta equipa remonta à época de 1980, data em que andebol teve início em Serpa de uma forma organizada e estruturada”. O dirigente considerou que “foi um percurso fabuloso, três anos consecutivos a ficar em quarto lugar, de repente o terceiro lugar e o acesso a um play-off para a 2.ª fase da 3.ª divisão que ganhámos. Foi um pesadelo para os nossos adversários. Vamos para 2.ª fase e toda a gente queria ganhar aos moços de Serpa, que acabaram por ficar em 4.º lugar, quando ninguém esperava. Depois vamos ao acesso à segunda divisão e ficamos lá”. Carlos Amarelinho considerou, por isso, que “foi uma época fabulosa, isto para uma equipa do interior, com as dificuldades de recrutamento que se sabem”. E sublinhou: “Temos uma coisa boa que muitos clubes não possuem, são as condições de trabalho. O pavilhão Carlos Pinhão é dos melhores recintos que existem no sul do País, temos condições que poucos têm e que usamos com responsabilidade. Aquilo é a nossa casa, é ali que estamos bem e é dali que partimos para estas conquistas, seja com que equipa for, porque a nossa aposta na formação continua a ser forte. Temos que retribuir à autarquia, com estes momentos de sucesso, as condições que nos são proporcionadas”.
Orgulhoso pelo percurso da equipa estava também o seu treinador, António Baião, que manifestou igual gratidão ao município da chamada Terra Forte, reconhecendo, no entanto, que “sem a dedicação dos atletas não estaríamos aqui hoje, sabemos as dificuldades que tivemos de vencer, mas foram eles os grandes obreiros para que conseguíssemos chegar à 2.ª divisão. Foi um trabalho difícil, sobretudo porque somos uma equipa do interior, como aqui foi referido, mas eu já me esqueci que estamos no interior, porque já provámos que somos capazes de fazer o que os outros fazem”. E porquê? “Em Serpa trabalha-se bem ao nível do andebol”, sublinhou o treinador. “Gostaria de valorizar o esforço da direção do clube, foi um trabalho exaustivo, teve que ser duro para podermos atingir esta meta. A aposta da direção, para além dos seniores, tem tido sucesso pela sua aposta na formação desde que o clube foi fundado, um foco que tem que ser mantido e reforçado”, considerou ainda

Fonte:  http://da.ambaal.pt/

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