Uma inquestionável vitória sobre a formação algarvia do Guia Futebol Clube, anterior líder da série F do Campeonato Nacional de Promoção Feminino, projetou a equipa sul alentejana para o topo da tabela.
Texto e foto Firmino Paixão
Oito jornadas e um percurso quase imaculado. Sete vitórias e um único empate, mas com sabor amargo, no recinto do Atlético Clube de Portugal. O castrense é líder de uma série com uma dezena de equipas, tem um plantel onde a juventude predomina e tem atletas constantemente chamadas às seleções nacionais, mas o seu treinador não se deslumbra por ter alcançado o primeiro lugar.
“O mais importante foram os três pontos”, assegurou Ruben Lança, reafirmando que trabalham todos os dias para ganharem jogo após jogo, sem pensarem “no primeiro ou no segundo lugar da tabela”. Ainda assim, assumiu: “É muito bom estar na frente, claro, até porque sabíamos que o Guia queria vencer este jogo para se distanciar mais de nós, mas não o permitimos. Este é o espelho do trabalho que temos feito nestes anos”.
O técnico do castrense não valoriza, especialmente, o primeiro lugar conquistado à formação algarvia, mas ele tem alguma relevância e significado: “Claro! Sobretudo porque este primeiro lugar está em consonância com os objetivos. A nossa meta é fazer algo melhor do que na época passada. Foi isso que definimos no princípio da época e, nessa conformidade, o primeiro lugar é algo melhor do que o que conquistámos há um ano”, mas insiste que: “Não altera nada a nossa visão do campeonato, porque nós temos muitas dificuldades, temos atletas muito jovens e, por isso, vamos continuar a trabalhar como até aqui e veremos o que nos reserva o futuro”.
O próximo jogo, no domingo à tarde, será disputado no terreno do Palmelense, atual terceiro classificado. Ruben Lança está consciente de que “será um jogo muito complicado”: “O Palmelense tem uma excelente equipa. Tem tido alguns resultados que não espelham a qualidade da equipa, mas será um jogo muito difícil. Jogamos fora de casa, é sempre um fator a ter em conta, mas tentaremos fazer o que fizemos hoje com o Guia, impor o nosso jogo dentro das quatro linhas, com a personalidade e a entrega que as nossas atletas têm, para tentarmos trazer os três pontos”.
O treinador sublinha o percurso bem-sucedido da equipa, mas não esquece os dois pontos deixados na Tapadinha: “Continuamos invictos, até ao momento, o que espelha o mérito do nosso trabalho, empatámos um jogo em que a nossa equipa foi francamente superior. Nos últimos anos esse, se calhar, foi o empate que mais me custou, porque tivemos um domínio quase total do jogo e, no último lance de jogo, o Atlético chegou ao empate. Mas também acabou por ser merecido, porque elas não desistiram, nem baixaram os braços e isso foi uma boa aprendizagem para nós conseguirmos, por exemplo, termos saído hoje daqui com os três pontos”.
Competindo com um plantel maioritariamente jovem, o treinador elege a formação como o principal objetivo: “Quem acompanha esta equipa já percebeu que o objetivo principal é formar, formar atletas e mulheres. A prova está neste percurso muito positivo”. Mas outro dos desígnios deste projeto tem sido a constante chamada de atletas do castrense às seleções nacionais. Ruben Lança concluiu: “Fico contente com a chamadas das atletas às seleções, mas a verdade é que isso acontece a um número mínimo delas, fico mais contente em ver atletas a saírem daqui para primeiras divisões, isso sim é o que me deixa feliz porque, afinal, é esse o objetivo da minha equipa técnica”.
Fonte. http://da.ambaal.pt
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