domingo, 10 de janeiro de 2021

Pedro Nilha quer apuramento para segunda fase do distrital

 

O Negrilhos Futebol Clube compete na Série B do Campeonato Distrital da II Divisão da Associação de Futebol de Beja, a série dos dérbis aguerridos e emotivos, entre os quatro clubes do concelho de Aljustrel.

 

Texto e Foto Firmino Paixão

 

Com os olhos postos na segunda fase do campeonato, o treinador Pedro Nilha avalia positivamente o percurso da equipa nesta primeira volta da prova. Lamenta as poucas opções que tem no plantel, queixa-se dos largos períodos sem atividade e sabe que está a competir numa ‘poule’ muito equilibrada, mas promete lutar pelos objetivos definidos para esta temporada de sacrifícios e incertezas.

 

Treina o Negrilhos há quatro épocas. As ultimas têm sido promissoras e, na presente, certamente que a ambição não será menor?

Sinceramente, não penso tanto na qualificação para a segunda fase como pensei na época passada ou há dois anos. E isso acontece devido a vários fatores. Neste momento temos vários atletas com que não podemos contar, devido à situação de pandemia, e são jogadores que nos fazem muita falta porque nós só temos atletas do concelho. No entanto, como é óbvio, temos a ambição de ganhar todos os jogos que disputamos. O Negrilhos entra em qualquer jogo, seja com equipas da I ou da II Divisão distrital, com o pensamento na vitória, mas existem sempre fatores que condicionam a nossa vontade.

 

Que objetivos trouxeram para esta época desportiva?

A segunda fase é sempre uma meta. Nós queremos estar sempre entre a elite do campeonato distrital e essa elite é formada pelas equipas que se qualificam para a segunda fase da prova. Sabemos que é muito difícil… quem conhece bem o meu plantel repara que entramos sempre com uma equipa base muito forte, mas depois não temos muito mais opções com a mesma qualidade. A pandemia tem-nos afastado alguns jogadores importantes.

 

Com duas vitórias e três empates, sem derrotas, o balanço desta primeira volta é positivo?

Sim, é muito positivo. Como sabe, há quatro anos que estou a treinar o Negrilhos mas, principalmente, nas últimas três épocas temos lutado sempre pela qualificação para a fase de subida, temos sido muito regulares. Sabemos que temos pela frente jogos muito difíceis, as equipas desta série são muito equilibradas. Temos um campeonato curto, bastante difícil, onde um pequeno deslize nos desvia logo dos nossos objetivos. Mas estamos cá, estamos na luta, ainda não perdemos nenhum jogo.

 

Nos primeiros três jogos só marcaram dois golos, nos restantes dois fizeram sete. Havia algum desacerto nas finalizações?

Isso não é fácil, sabe… jogando no campo onde marcámos dois golos, que foi em Santa Clara-a-Nova, um campo bastante difícil; depois tivemos o dérbi em Aljustrel, onde empatámos sem golos, depois um jogo aqui em casa, duríssimo, com o São Marcos que, para mim, é a equipa mais forte da nossa série. Tem sido assim, tem sido um percurso difícil porque os adversários são fortes e ainda noto na minha equipa alguma falta de consistência. Mas acredito que, até ao final do campeonato, as coisas vão melhorar, os golos e as vitórias irão aparecer como já aconteceu nos jogos com o Messejanense e com o Sete, triunfos que darão outro “oxigénio” à equipa.

 

O plantel é jovem embora tenha alguns jogadores mais experientes...

É uma equipa muito jovem, tenho aqui muitos miúdos que ainda andam na universidade, miúdos com quem trabalhei nos escalões de formação do Aljustrelense. São jovens com alguma qualidade, miúdos que estão a estudar, outros são mineiros ou têm outras profissões, mas penso que se a equipa se mantiver unida daqui a quatro ou cinco anos irá aparecer muito forte, porque os miúdos têm muita qualidade, faltando-lhes, talvez, alguma rotina. Depois temos outros jogadores mais experientes, como o Duarte Patrício e o Carlos Bruno… de resto são jovens.

 

O Duarte Patrício, pela sua veterania e pela sua longa experiência em campeonatos nacionais é a individualidade da sua equipa?

Não, a minha equipa vale pelo coletivo. O que o Duarte que acrescenta a esta equipa é a vasta experiência que tem, é um jogador que já passou por muitas situações de jogo, sabe os momentos certos para comandar a equipa, para a organizar dentro do campo, sabe falar com os jovens e fazê-los entender os momentos do jogo, é realmente uma mais-valia para a nossa equipa. É um jogador fundamental, precisávamos mesmo de mais um ou dois jogadores como ele.

 

Ocupam o terceiro lugar, a dois pontos do líder. Existe margem para subirem na tabela?

Penso que sim. Cada jogo é para ganhar, vamos encontrar muitas dificuldades, temo-las sentido ao longo deste percurso, veja o caso do jogo com o Messejanense em que estivemos a ganhar por 3-0 e, no segundo tempo, sofremos dois golos de bola parada… são situações que motivam muito o adversário e nos tiram tranquilidade. Mas queremos, de facto, pontuar e subir na tabela.

 

Está confiante que o campeonato chegue a bom termo?

Espero bem que sim. Tanto eu como os meus jogadores estamos habituados a competir e a ganhar, mas noto-os um bocadinho ansiosos, se calhar com algum medo, mas isso faz parte do momento que vivemos. O problema são as paragens prolongadas… torna-se difícil para toda a gente, vamos ver se as coisas normalizam.

 

É uma equipa muito jovem, tenho aqui muitos miúdos que ainda andam na universidade, miúdos com quem trabalhei nos escalões de formação do Aljustrelense. São jovens com alguma qualidade, miúdos que estão a estudar, outros são mineiros ou têm outras profissões, mas penso que se a equipa se mantiver unida daqui a quatro ou cinco anos irá aparecer muito forte, porque os miúdos têm muita qualidade

Fonte:  https://diariodoalentejo.pt/

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